Baseando-se em novas pesquisas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) atualizou as recomendações sobre o uso de máscaras feitas em casa. Segundo as diretrizes divulgadas pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghe-breyesus, o equipamento de proteção deve consistir de, ao menos, três camadas, de diferentes materiais.
Na Capital, há estabelecimentos que já trabalham com essa demanda. A HBN Cami-seteria e Sublimação faz sob encomenda as máscaras de tripla camada, como explicou o gerente Bruno Luan Marques Neto. “A maioria pede de duas camadas, mas fabricamos de três camadas”, pontuou. O médico infectologista Júlio Croda afirmou que um número maior de camadas garante mais proteção.
“Uma camada chega a ter proteção de 40%, duas camadas você aumenta para 70% e três camadas chega a 86%, quase 90%. Com mais camadas, menos transmissão ocorre”, explicou. Por isso o especialista garante que as máscaras com menos tecido podem continuar sendo usadas. “Ela [máscara] tem eficiência menor que a tripla camada, mas ainda é eficiente”, afirmou.
O uso da máscara associado com medidas como distanciamento garante uma prevenção maior contra o novo coronavírus, como destacou Croda. “São medidas complementares”, concluiu. De acordo com a OMS, as máscaras devem ter uma camada externa, com material resistente à água impedindo a entrada ou saída de gotículas de saliva; uma camada mais interna, que absorva a água; e uma intermediária, para agir como um filtro.
Com uma ou mais camadas, é importante que a máscara cubra nariz, boca e o queixo. Ainda segundo a OMS, para manusear o EPI (Equipamento de Proteção Individual) é preciso colocá-la com as mãos limpas e evitar tocá-la durante o uso. Caso toque nela, o usuário deve limpar novamente as mãos, recomenda a entidade de saúde. Após o uso, o recomendado é retirar a máscara a partir das faixas laterais nas orelhas, sem tocar o centro dela, e lavar novamente as mãos depois desse procedimento.
(Texto: Dayane Medina)