Com 2.979 casos confirmados para o coronavírus até terça-feira (12), o Distrito Federal lidera a incidência de covid-19 na Região Centro-Oeste, sendo a 12ª unidade da federação brasileira com maior número de diagnósticos. Enquanto o DF tem 99 casos a cada 100 mil habitantes, Mato Grosso tem 17, Goiás, 16, e Mato Grosso do Sul, 15.
Em relação aos óbitos, o DF também registra taxas muito superiores a estados vizinhos, com 1,53 mortes a cada 100 mil habitantes. Em Goiás, a taxa é menos da metade: 0,74. Mato Grosso tem 0,57 e Mato Grosso do Sul, 0,43.
Quando considerados os óbitos, o DF ocupa a 20ª posição nacional, com 1,6% de taxa de letalidade. Segundo dados atualizados na terça-feira (12) pela Secretaria de Saúde do DF, ao todo, foram registradas 46 mortes.
O primeiro registro da covid-19 no Distrito Federal ocorreu em 7 de março de 2020, portanto, há mais de dois meses. O DF foi pioneiro na adoção medidas de distanciamento social a fim de combater a disseminação do coronavírus.
Em 11 março, antes das primeiras providências adotadas por Rio de Janeiro e São Paulo, o governo local suspendeu as aulas nas escolas das redes pública e privada, universidades e faculdades, bem como atividades coletivas em cinemas e teatros e os eventos com público superior a 100 pessoas. Desde então, a suspensão dessas atividades tem sido prorrogada continuamente.
Ao adotar um discurso menos incisivo sobre o isolamento e permitir a retomada do funcionamento de mais atividades, Ibaneis Rocha (MDB) abriu espaço para uma flexibilização das medidas de distanciamento social no fim da primeira quinzena de abril.
Essa tentativa acabou gerando um aumento nos casos de reprodução da doença no período. “Esse aumento é compatível com a redução do índice de isolamento social e de mobilidade”, indica documento do Observatório PrEpidemia, da Universidade de Brasília (UnB), publicado nesta quarta-feira (13).
(Texto: Congresso em Foco)