O chefe da Defesa Civil da Itália, Angelo Borrelli, disse nesta sexta-feira (3) que acredita na prorrogação das medidas de isolamento social no país ao menos até 1º de maio.
O confinamento estabelecido no dia 10 de março vigoraria até hoje, mas o governo decidiu estendê-lo ao menos até o dia 13, segunda-feira pós-Páscoa, que é feriado na Itália.
O primeiro-ministro Giuseppe Conte, no entanto, ainda não anunciou se haverá uma nova prorrogação. Em entrevista à emissora pública Rai Radio 1, Borrelli foi questionado se, após a Páscoa, os italianos também passariam o feriado de 1º de maio em casa.
“Acredito que sim, não acho que essa situação terá terminado naquela data. Ficaremos em casa por muitas semanas”, disse o chefe da Defesa Civil. Segundo Borrelli, a chamada “fase 2” da emergência, ou seja, quando o governo relaxará o isolamento, pode iniciar em meados de maio, “ainda que não haja nenhuma certeza”.
Ele ressaltou, no entanto, que a decisão caberá ao comitê técnico-científico do governo e dependerá da evolução da curva epidêmica, que vem desacelerando nas últimas semanas. “A situação atual é estacionária. Precisamos ver quando ela começará a descer”, disse.
Na última quinta, Conte havia dito que o governo já estava programando a fase pós-quarentena, mas sem estabelecer datas. As restrições à circulação e às atividades produtivas têm como objetivo “achatar” a curva epidêmica, que explodiu nas primeiras semanas de disseminação do vírus na Itália e sobrecarregou o sistema de saúde, especialmente na Lombardia, região mais afetada.
Quando os casos ativos voltarem a um patamar sustentável, a expectativa é de que o governo comece a afrouxar o confinamento. Até o momento, o país contabiliza 115.242 mil contágios pelo novo coronavírus e 13.915 mortes, de acordo com a Defesa Civil.
(Texto: Jéssica Vitória com informações do Terra)