Dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde revelaram que mesmo não sendo o principal transmissor, do inicio da pandemia até 5 de janeiro deste ano, 823 crianças com menos de um ano foram infectados pelo coronavírus. Entre 1 e 9 anos, foram 4.064 positivados.
Além de ser relativamente significativo, o dado choca porque significa que os bebês, possivelmente com pouco contato externo, podem ter adoecido no ambiente intra domiciliar, ou seja, é muito provável que a doença tenha vindo por um familiar.
Para a infectologista e integrante do COE/MS (Centro de Operações de Emergências), Mariana Croda, esse número pode ser ainda maior. “As crianças têm nenhum ou poucos sintomas da doença e como o exame swab é desconfortável para este grupo, muitas vezes a realização do teste é evitada. Além disso, há poucos casos de internações e, com isso, menos diagnósticos dessa faixa etária”.
De acordo com a informação da SES, nenhum óbito deste grupo foi registrado. “Os pequenos não representam um vetor de transmissão da doença, é importante que isso seja ressaltado, não são importantes na cadeia de transmissão e isso se deve a característica da doença, conforme já comprovado por estudos científicos”, saliente Mariana Croda.
Porém, quando há casos de bebês positivados, independentemente dos resultados dos demais membros da família, todos os residentes da casa são isolados.
“O foco é a prevenção em relação à população idosa, minimizar o contato dos idosos, porque eles representam o maior risco de morte”, acrescenta a especialista.
(Com informações: Portal MS)