Com poucas apostas, país fica para trás na corrida da vacina

Com poucas variedades de candidatas, o Brasil está ficando para trás em na corrida das vacinas contra a covid-19 em comparação aos outros países. Dessa forma a população corre o risco de ficar sem os imunizantes por mais tempo ou ter acesso apenas àqueles não tão bons.

Atualmente a favorita do governo federal é a produzida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) em parceria com a AstraZeneca. Embora o imunizante tenha saído na frente na corrida, uma vez que já vinha sendo testado para outros coronavírus, sua média de eficácia foi de 70%, tirada a partir de dois valores –62%, que seria o oficial, e 90%, relativo ao grupo que recebeu apenas metade da dose planejada na primeira das duas injeções.

No entanto, ao analisar e divulgar esses dados, a AstraZeneca não soube explicar por que uma dose menor da vacina se traduziu em mais eficácia e, depois de receber questionamentos, admitiu erro e deve conduzir novos estudos.

No Brasil, a vacina deverá ser produzida pela Fiocruz, que firmou com os produtores um acordo para transferência de tecnologia. O país é também signatário do consórcio da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Covax Facility, que oferece vacinas para até 10% da população de países em desenvolvimento, com 42 milhões de doses garantidas.

Eficácia

No caso da vacina de Oxford, o mais seguro é apostar que tenha eficácia de 62%. É isso que o Brasil até agora pode almejar, já que não fechou acordos com as candidatas de maior eficácia apresentadas até então, como as das farmacêuticas americanas Pfizer e Moderna (95% e 94,1%, respectivamente), formuladas a partir de RNA do vírus, tecnologia até então inédita em imunizantes aprovados para uso médico.

Em suma a Pfizer, que já concluiu seus estudos e recebeu sinal verde do Reino Unido, tem acordos para fornecimento de até 600 milhões de doses para os EUA, 120 milhões de doses para o Japão, 200 milhões para a União Europeia e 60 milhões para a América Latina (excluindo o Brasil).

(Com informações: Notícias ao minuto)

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