A China, a primeira grande economia a sair dos confinamentos para combater o coronavírus, agora está focada em evitar uma segunda onda de infecções enquanto tenta retomar a normalidade da vida pré-pandemia.
Mesas escolares com distância determinada, máscaras faciais obrigatórias e aplicativos de rastreamento estão sendo implantados do centro financeiro de Xangai até a fria província de Heilongjiang, no norte do país.
Especialistas chineses acreditam que o vírus não pode ser erradicado, por isso autoridades concentram-se em manter os casos em um nível administrável para evitar surtos catastróficos que sobrecarreguem os hospitais.
Esse ato de equilíbrio entre deixar as pessoas retomarem a vida normal e manter os casos em um nível baixo é algo que governos ao redor do mundo, incluindo países mais atingidos como Itália e EUA, terão que tentar alcançar.
Mesmo com ferramentas que outros não possuem – poderosa vigilância estatal e controle de mobilidade das pessoas -, a China não tem uma imagem completa, tampouco garantia de sucesso.
“Tudo isso significa que, quando a China reiniciar sua vida econômica e social, existem incógnitas conhecidas que poderiam levar a outro surto”, disse Nicholas Thomas, professor especializado em saúde pública na Universidade da Cidade de Hong Kong.
(Texto: Ana Beatriz Rodrigues com informações do Portal UOL)