Secretário municipal de Saúde explicou dependência da prefeitura para fazer o planejamento de vacinação
“É muito difícil priorizar a imunização dentro das prioridades.” A frase do secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, salienta a dependência de repasse de vacinas do governo federal. Sem a previsão de aquisição própria, enquanto inicia a vacinação em idosos acima de 80 anos, o município aguarda a entrega da próxima remessa, prevista para a semana que vem.
“A expectativa é de que vamos receber novas doses em torno do dia 3 a 7 de fevereiro, mas, ainda é algo inconclusivo. Esse é o grande problema e acabamos tendo que tomar atitudes conforme o que estamos
recebendo de vacinas, e é muito difícil priorizar a imunização dentro das prioridades”, afirmou José Mauro.
Em entrevista ao “Povo na TV”, no SBT, o secretário disse que as 26 mil doses de vacinas já recebidas contra a COVID-19 foram responsáveis pela imunização de 13 mil profissionais de saúde na linha de frente, quantitativo que representa apenas um terço do grupo prioritário.
Em reunião virtual com a presença do prefeito Marquinhos Trad e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, José Mauro relatou que foi levantada a possibilidade de compra de 400 milhões de doses de vacinas. “Sendo 250 milhões de doses da Fiocruz [Oxford/AstraZeneca] e 100 milhões de doses do Instituto Butantan [CoronaVac], isso já está previsto. E mais 50 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. Isso para este ano, ou seja, devemos vacinar com esse quantitativo o ano inteiro”, ressaltou.
Novas cepas
Titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), José Mauro Filho relatou que as novas variantes do coronavírus já podem ser um problema aqui na Capital. Questionado sobre a transferência de pacientes de outros estados para MS, o secretário afirmou que cabe aos gestores estaduais, federais, e com a participação dos municípios, definirem a transferência de pacientes.
“Caso haja necessidade, por estarmos com o número de ocupação de leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] na média de 70%, teríamos condições de abrigar esses pacientes em Campo Grande”, afirmou Filho.
Até o fechamento desta edição, Mato Grosso do Sul esperava pelo primeiro paciente com COVID-19 vindo de outro estado. Aos 61 anos de idade, o paciente do sexo masculino é de Porto Velho, capital de
Rondônia. Não havia notícias até o fim da tarde de ontem. O paciente deve ficar na UTI do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), referência no tratamento da doença.
(Texto: Mariana Moreira)