O Brasil detém hoje uma taxa de 29 a 13 vezes menor do que Alemanha, Itália, Estados Unidos e Coreia do Sul. Todos esses países estão investindo na ampliação dos exames para monitoramento ou controle da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Os dados federais e estaduais indicam que o Brasil fez até agora entre 72 e 85 testes por 100 mil habitantes. Na Alemanha, essa taxa é de 2.497; na Itália, ela chega a 1.966; nos EUA, o índice é de 1.580; e na Coreia, de 1.141, segundo dados governamentais e do site Worldometers.
Logo após assumir o cargo de ministro da Saúde, Nelson Teich chegou a declarar a importância da ampliação de testes. “Para conhecer a doença, a gente vai ter de fazer um programa de testes. Esse programa vai ter que envolver o SUS, a saúde suplementar, a iniciativa do empresariado”, disse.
A pasta anunciou que ampliará para 46 milhões o número de kits de diagnóstico comprados, dos quais apenas 3,1 milhões estão previstos para serem entregues até quarta-feira (29).
Segundo especialistas, fica difícil entender o alcance real da epidemia sem essas informações. “A testagem é a principal ferramenta para confirmação dos dados e para qualquer decisão de organização da assistência e planejamento das próximas ações de controle. Está havendo um esforço das gestões estaduais e do ministério, mas precisamos de mais”, afirma Nereu Henrique Mansano, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e responsável pela área de epidemiologia do órgão.
(Texto: Jéssica Vitória com informações do Terra)