Beirando os 100 mil casos, MS continua desrespeitando isolamento

Perto de atingir o patamar de 100 mil casos de COVID-19 em Mato Grosso do Sul, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, definiu os índices de isolamento social em MS como um dos piores do país. No fim de semana, as taxas variaram no Estado entre 37% e 39%.

Em Campo Grande, a taxa foi de 36% no sábado (28), ao passo que no domingo (29), apenas 40% da população permaneceu em casa. Conforme o último boletim epidemiológico de ontem (30), MS possui 99.091 casos, 698 registrados apenas na segunda-feira.

Entre os dias 22 e 28 de novembro, correspondentes à semana epidemiológica 48, Mato Grosso do Sul registrou 5.923 novos casos de COVID-19. O acumulado é 45% acima do registrado nos sete dias anteriores, quando foram somados 4.080 contágios.

Conforme Resende, este é o segundo maior acréscimo de casos em uma semana desde o início da pandemia no Estado. Até o momento, a semana 35, correspondente ao mês de julho, segue como o pico da doença. No período, foram confirmados 6.135 casos de coronavírus.

“Estamos vivendo um momento crítico da doença e tudo leva a crer que repetiremos esse quadro no decorrer desta semana. Outro dado que nos preocupa é a média móvel de novos casos, nós temos 870 casos por dia, o que significa três vezes mais do que tínhamos 30 dias atrás”, ressaltou Resende.

De acordo com o secretário, a faixa etária de 20 a 39 anos é responsável por 70% dos novos casos registrados em Mato Grosso do Sul. Com o início nesse domingo (29), a semana epidemiológica 49 já foi responsável pelo acréscimo de 1.456 casos. A taxa de contágio está em 1,03, ou seja, para cada pessoa positiva para COVID-19, outras 103 podem contrair a doença. Com mais 12 mortes registradas em dois dias, a taxa de letalidade está em 1,8% no Estado.

(Texto: Mariana Moreira)

 

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