O crescimento vertiginoso no número de casos de coronavírus em Campo Grande, que ontem (29) alcançou a marca de 2.028 pessoas infectadas, vem criando uma situação inédita de instabilidade para as autoridades sanitárias nos bairros da cidade: de acordo com o georreferenciamento de dados do COVID-19 da prefeitura, 71 bairros estão com doentes ativos (que ainda não se curaram). Há um mês eram 43. A conta vai além dos 28 bairros a mais na lista de locais com pessoas infectadas.
Há um mês, o bairro com o maior número de doentes era o Amambaí, com cinco casos. Agora, todas as regiões da cidade contam com bairros que apresentam mais de dez casos confirmados ativos de COVID-19. Como exemplo, os dois bairros mais populosos da Capital, Aero Rancho e Nova Lima, apresentam 18 e 12 ocorrências, respectivamente.
Nunca até aqui desde o início da pandemia, em março, Campo Grande apresentou uma proliferação tamanha do coronavírus em suas ruas. Segundo as estatísticas, a cidade registrou um novo caso de coronavírus a cada 19 minutos nos últimos 15 dias, quando a doença deu um salto após três meses relativamente estável.
Além disso, considerando toda a última quinzena, em cinco dias o número de novos infectados na cidade foi maior que 100, segundo os dados divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). Apenas os casos somados no último mês correspondem a 74% do total de pessoas contaminadas desde março. Ainda segundo os dados da prefeitura, são 463 pessoas atualmente que estão com o coronavírus, entre as quais 64 pessoas da cidade estão internadas.
O susto pelo crescimento da doença que por três meses ficou controlada fez a prefeitura recuar nas medidas para que a população entenda a importância do isolamento social. Ao mesmo tempo em que shoppings e afins foram autorizados a reabrir as portas, o toque de recolher das 23h às 5h voltou a vigorar e o uso de máscara na rua se tornou obrigatório.
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(Texto: Rafael Ribeiro/Publicado por João Fernandes)