A transfusão de plasma em tratamentos como o do novo coronavírus (covid-19) pode ter ‘possíveis eventos adversos’, orientou por meio de nota técnica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com objetivo de mostrar o registro de eventos “de forma a contribuir para a qualificação das notificações, facilitando a consolidação dos dados e seu posterior uso”. A agência disponibilizou o e-mail [email protected] para elucidar eventuais dúvidas relativas aos procedimentos previstos na nota técnica.
A Anvisa informa ainda que o plasma obtido de doadores convalescentes de covid-19 difere somente pela presença de anticorpos contra o novo coronavírus. Dessa forma, acrescenta a agência, possíveis problemas transfusionais são os mesmos e “incluem risco muito baixo de transmissão de infecções por transfusão e de outras reações transfusionais, como a alérgica, além de sobrecarga circulatória e lesão pulmonar aguda associadas à transfusão”.
Em todos os processos – desde doação até transfusão – a Anvisa alerta que é importante respeitar os critérios estabelecidos pelas regulamentações vigentes, “mesmo que o uso do hemocomponente esteja em contexto de protocolo de pesquisa para tratamento da covid-19”.
“Alguns pesquisadores alertam sobre a possibilidade de um risco teórico de transmissão do novo coronavírus na terapia com plasma convalescente. O risco é considerado teórico porque o receptor já está previamente infectado e porque, até agora, não há registro de transmissão desse vírus por via transfusional”, informa a agência.
A Nota Técnica 10/2020 confirma a necessidade de reforçar a observação dos eventos adversos relacionados ao uso de plasma nos pacientes com diagnóstico de covid-19, dentro e fora do contexto dos estudos clínicos em curso.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)