Levantamentos da UFMS e UEMS apresentaram ápice dos casos no dia 25 de agosto
Com uma média diária de 388 casos de coronavírus por dia na Capital, dados de pesquisas desenvolvidas pelas universidades Federal e Estadual de Mato Grosso do Sul apresentam que se o número se mantiver, a cidade pode chegar no pico da doença no dia 25 deste mês, com 21.670 casos confirmados até o final de agosto. As avaliações feitas com base em estudos matemáticos demonstram que, caso seja mantido o comportamento atual, não haverá colapso, mas a preocupação continua para que os casos não subam.
A pesquisa da UFMS apresentada pelos professores Earlandson Ferreira Saraiva e Leandro Sauer, durante a live de ontem (19) na rede social da Câmara Municipal, apontam que a redução dos números de casos e medidas para evitar colapso na ocupação de leitos dependerá das de decisões em relação a medidas restritivas e do comportamento da população.
Segundo o professor da UFMS, Leandro Sauer, nos 17 primeiros dias de agosto, foram confirmados 5.623 novos casos de coronavírus em Campo Grande, com 307 pessoas internadas e 120 mortes. Os dados mostram que os números aumentaram em agosto, mas numa taxa menos explosiva do que tinha sido inicialmente projetado. “Os estudos são feitos semanalmente e, no mês de julho, os estudos mostravam um número maior de casos que fecharia o mês com mais de 35 mil confirmados. Como as mudanças são diárias, e agosto registrou um leve achatamento na curva entre os dias 3 e 10, os números continuam crescendo, mas num ritmo menor do que o que anteriormente tinha sido estimado, então, o mês de agosto pode fechar com pouco mais de 21 mil casos”, explicou. “Isso aponta o pico para a véspera do feriado no dia 25 de agosto”, acrescentou.
Ainda, segundo Leandro, baseado na pesquisa, estima-se que após esta data, os números comecem a reduzir. “Esperamos que após o dia 25, os números sejam decrescente diminuindo a curva e que possamos registrar menos casos e mortes pela COVID-19 na Capital” pontuou. Leandro ressalta que a redução significativa em relação ao esperado tira a Capital da linha de colapso nas questões de ocupação de leitos. “Esse último resultado ainda alto, mas abaixo do esperado nos faz ter alívio na questão de ocupação de leito, se há estabilização, ou aumento reduzido, não teremos colapso nem ocupação total dos leitos clínicos.
Diminuição de casos depende da sociedade
Questionados sobre as medidas que podem ter sido adotadas para um achatamento na curva de casos do dia 3 a 10 deste mês, se houve influência dos decretos do mês de julho, o professor doutor Sandro Marcio Lima, da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), destacou que se as medidas surtiram efeitos, mas deixaram de ser aplicadas, e isso pode influenciar em uma nova alta de casos. “O comportamento da curva depende das tomadas de decisões. Se estamos tendo um comportamento que está resultando em poucas variações, temos que tomar decisões para reverter isso e sair desse patamar, para que essa curva mude, para um patamar mais aceitável”, alertou.
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(Texto: Dayane Medina)