Polícia concluiu que o vereador agredia o enteado, e que a mãe da criança sabia disso
A professora Monique Medeiros da Costa e Silva e o médico e o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), foram presos, na manhã desta quinta-feira (8), em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca), acusados de envolvimento na morte do filho de Monique, Henry Borel Medeiros, de 4 anos.
Após um mês de investigação, a polícia concluiu que o vereador agredia o enteado, e que a mãe da criança sabia disso. Ele, Monique e a babá do menino teriam mentido quando disseram que a relação da família era harmoniosa.
Contra o casal foram cumpridos mandados de prisão temporária por 30 dias, expedidos pela juíza Elizabeth Louro Machado, do II Tribunal do Júri da capital. A polícia monitorava a casa onde o casal estava desde a última segunda-feira. Nesta quinta-feira, os agentes descobriram que eles não dormiram na residência. Dr. Jairinho e Monique foram levados para a 16ª DP.
Investigações
De acordo com as investigações, Jairinho dava chutes e pancadas na cabeça do menino, que morreu no último dia 8 de março. O laudo de necropsia aponta que o menino teve hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, e que o corpo da criança apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões.
Peritos afirmam que os ferimentos não são compatíveis com um acidente doméstico. Um alto executivo da área de saúde afirmou ter sido contactado por Jairinho para agilizar a liberação do corpo sem o encaminhamento para o Instituto Médico Legal (IML), no Centro da cidade.
Ao longo das investigações, o delegado Henrique Damasceno ouviu outras 16 testemunhas no inquérito, entre familiares, vizinhos e funcionários da família. Uma ex-namorada de Jairinho relatou que ela e a filha, de 3 anos à época, sofreram agressões do parlamentar. A ex-esposa, a dentista Ana Carolina, chegou a registrar ocorrência contra ele por lesão corporal, mas dias depois desistiu.
(Com informações da Agência O Globo)