Foram 4.559 unidades comercializadas em junho
Por Silvio Ferreira
A venda de veículos novos em Mato Grosso do Sul teve queda de 5,75%. O percentual representa o total de 4.559 veículos comercializados em junho, contra 4.837 em maio. Os dados são do relatório da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
No acumulado do ano, de janeiro a junho, o número chega a 24.601, 2,19% a menos que o registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 25.152.
Em contrapartida, na comparação de 12 meses, o aumento na venda foi de 7,55%. Em junho do ano passado, foram 4.239, contra os 4.559 do mês de junho deste ano.
Tipos
Do total deste ano, os segmentos de automóveis e comerciais leves venderam 2.180; caminhão e ônibus somaram 193. As motos tiveram resultado positivo de 1.790 vendas, em junho.
Campo Grande
A venda de veículos novos em Campo Grande teve queda de 6,27%, saindo de 2.078, em junho, para 2.217 em maio. No acumulado do ano, o número chega a 11.404, 0,69% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado, que foi de 11.328 unidades. Em 12 meses, o aumento foi de 3,9%, sendo 2.078 contra 2.000, de junho a junho.
Para o presidente nacional da Federação, Andreta Jr., “o quadro geral de vendas de veículos no país nos últimos meses aponta para uma “recuperação do setor de forma gradual e consistente”, informou a seccional sul-mato-grossense da federação.
Foram comercializadas 844 motos em junho deste ano, número 13,08% menor que o registrado em maio, quando foram vendidas 971 unidades. Mesmo assim, o acumulado do ano é positivo. O crescimento ficou em 34,61%. A alta demanda por motos nos últimos 12 meses foi um contraponto à redução no número de vendas de automóveis. Em junho foram vendidos 765 carros de passeio, 10,42% menos que as 854 unidades comercializadas em maio e 15,28% menos em relação às 903 unidades vendidas em junho do ano passado.
O segmento de veículos comerciais leves registrou incremento de 31,4%, em junho, em relação ao mês anterior. A venda de caminhões teve alta nas vendas de 10,81%, em junho, em relação a maio deste ano, quando foram vendidos 74 caminhões.
Segundo o presidente nacional da Fenabrave, apesar de ainda enfrentar falta de peças para alguns modelos, o segmento de caminhões já começa a operar de forma equilibrada, entre oferta e demanda.
“No início do ano, havia muitas entregas represadas, com espera que chegava a 180 dias. Este problema foi contornado e o segmento conseguiu se estabilizar”, afirmou Andreta Jr.
Montadoras priorizam valor agregado
Com a retomada da produção de semicondutores (chips) ainda em ritmo insuficiente para atender toda a demanda da indústria automobilística, especialistas no setor apontam que as montadoras têm priorizado a produção de veículos de maior valor.
Essa tendência tem feito com que, há tempos, a expressão “carro popular” caísse em desuso, já que os carros mais acessíveis, dentro do portfólio das montadoras no país, são os modelos de entrada a partir de R$ 70 mil.
Os preços elevados assustam os consumidores, que procuram meios alternativos de transporte, principalmente motos. Dessa forma, as vendas do segmento continuam aceleradas, em decorrência da procura pelo meio de transporte mais acessível e econômico.
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