Vegetarianismo faz parte da vida de 30 mi de brasileiros

Você é daqueles que não vivem sem o churrasco do fim de semana, ou que acham impossível sobreviver sem carne, leite e até ovos? Os vegetarianos estão aí para provar que existe vida saborosa e saudável sem os produtos de origem animal. Atualmente, eles já somam 30 milhões de brasileiros.

Descobrir novos sabores tem sido uma aventura para o produtor cultural e audiovisual Leandro Caminha, de 35 anos. ”Muito tempero, muitos legumes, a famosa salada pode ser uma refeição muito mais que prazerosa”, afirma.

Há dois anos ele fez um protocolo de cinco dietas com o seu médico, em que a penúltima era vegetariana, e seguiu com ela durante três meses, logo após ele fez a plant based e, desde então, não consome mais proteína animal. O produtor conta que desde que adquiriu novos hábitos alimentares sua vida nunca mais foi a mesma.

”Muita coisa mudou, no início é bastante diferente, a gente fica meio perdida, acaba cometendo alguns equívocos, como aumentar o consumo de carboidratos para se sentir saciado. Hoje, além da melhora da digestão, com certeza sinto mudança no humor, a gente fica mais leve, menos alterações de humor, foco, comprometimento, e muitos outros fatores”, garante Leandro.

Mas, de restrita, a alimentação dos vegetarianos não tem nada, as feiras são verdadeiros paraísos para eles: frutas, verduras, legumes e grãos podem até surpreender. ”Quando você não tem na dieta a carne, a proteína animal, você sente a necessidade de abrir um leque de opções, muitas vezes desconhecidas. Eu me aventuro muito na cozinha”, conta aos risos.

A professora do Curso de Nutrição da Uniderp Luiza Camargo explica que o vegetarianismo se divide em quatro grupos. Os ovolactovegetarianos são os vegetarianos que não comem carne, mas ingerem leite, derivados e ovos. Os lactovegetarianos, que não comem carne nem ovos, apenas leite e seus derivados; existe também os ovos vegetarianos, que não comem carne, leite e derivados, mas comem ovos, e por último o vegetariano rigoroso, que não se alimenta de nenhum tipo de carne, laticínios e ovos. Para eles (último caso) é recomendável o acompanhamento de profissionais da saúde que irão orientá-los como a dieta pode ser mais rica em vitaminas e gorduras necessárias para o organismo, como a vitamina B12, essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso.

”Toda mudança no comportamento alimentar deve ser feita com o acompanhamento de um nutricionista. O Conselho Regional de Nutrição destaca que esse tipo de dieta exige planejamento e orientação alimentar, dessa forma é imprescindível um acompanhamento nutricional. Nenhum alimento é substituído, cada alimento tem suas propriedades físicas e organolépticas diferentes e composições particulares. O que podemos falar é que existem alimentos dos mesmos grupos alimentares que se comparados podem apresentar algumas características semelhantes, mas não iguais”, esclarece. (Bruna Marques)

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