Em menos de 12 horas, o segundo óbito em decorrência da variante do vírus da Influenza A – a cepa H3N2 – já foi confirmado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). Desta vez, a vítima é proveniente da cidade de Corumbá, a 426 quilômetros de Campo Grande. A primeira morte já havia sido notificada na Capital uma semana atrás, no último dia 21 de dezembro. Entretanto, ela só foi divulgada no dia de hoje (28), junto com a constatação do novo falecimento corumbaense.
As informações da secretaria, por meio de comunicado em vídeo, descrevem a vítima corumbaense enquanto uma senhora de 76 anos de idade, que deu entrada na Santa Casa de Corumbá no dia 20 dezembro, mas só acabou perdendo a vida nesta terça-feira. Anteriormente, na Capital, foi um jovem de 21 anos que perdeu a vida devido ao H3N2.
Assista o boletim a seguir:
Só nesta semana, o número de casos de H3N2 havia saltado de 7 para 44 em solo sul-mato-grossense. Até então, não existia confirmação de mortes com as relatadas nas últimas 24 horas. Entretanto, mesmo com o alerta da doença, a SES reforça que não há situação de surto – como vem acontecendo nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo desde o início do mês.
Medidas de prevenção
Além de relatar as informações sobre os óbitos, o diretor de Saúde e assessor técnico do Corpo de Bombeiros Militar na SES, coronel Marcello Fraiha, trouxe esclarecimentos de como a população pode se prevenir contra o vírus H3N2, intitulado como “cepa Darwin” pela comunidade científica.
Ele enfatiza a necessidade de adoção das mesmas medidas de biossegurança que a COVID-19 trouxe para o mundo: distanciamento social, uso de máscaras, lavar bem as mãos, evitar compartilhamento de objetos pessoais e lugares fechados em que haja circulação de pessoas.
Doença respiratória de origem viral, os principais sintomas se assemelham bastante a uma gripe comum: em geral, há coriza, tosse, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça, fraqueza e febre. Inclusive, pode haver confusão com a própria COVID-19 – e infectologistas já confirmaram que é possível estar com as duas doenças ao mesmo tempo.
Lembrando que a vacina contra a gripe aplicada em 2021 no Brasil não protege contra a variante H3N2. Em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) recomenda comparecer a uma unidade de saúde somente pacientes que sentirem dois ou mais sintomas ao mesmo tempo.
Assim como acontece com a COVID-19, a preocupação da influenza é sempre para um possível agravo no quadro de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).