A empresa Vale foi condenada a pagar R$ 8,1 milhões de indenização por danos morais a cinco pessoas da mesma família pela morte de seus parentes, que estavam na pousada destruída pela lama da barragem que rompeu em Brumadinho (MG) em janeiro deste ano.
A informação é do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJ-MG) e a decisão aconteceu na segunda-feira (11), em primeira instância, sob responsabilidade do juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais, da Comarca de Brumadinho.
De acordo com o juiz do TJ-MS, a Vale não nega a sua responsabilidade sobre os fatos, por isso, a responsabilidade da empresa pela reparação dos danos causados aos autores é fato incontroverso. “É incontestável o abalo moral por uma mãe que tem o filho e seus dois netos mortos em razão da tragédia de que ora se trata, causada pela ré.”
A decisão do juiz prevê o pagamento de R$ 5,4 milhões para Liliana de Lourdes Zelante Ribeiro da Silva e R$ 2 milhões para Fernanda Maria Ribeiro da Silva. Já Mariana de Souza Dias Soares, Renato de Souza Dias e Daniel de Souza Dias devem receber R$ 250 mil, cada. Todos os citados propuseram a ação contra a Vale.
Liliana pediu indenização pela morte do filho Adriano Ribeiro da Silva, dos netos Camila Taliberti Ribeiro da Silva e Luiz Taliberti Ribeiro da Silva e do bisneto Lorenzo, que estava na barriga da mãe Fernanda Damian de Almeida, grávida de 19 semanas.
Fernanda Maria Ribeiro acionou a justiça pela morte do irmão Adriano e dos sobrinhos Luiz e Camila, além do sobrinho-neto Lorenzo. Já Mariana, Renato e Daniel reclamam reparação pela perda do tio Adriano, os primos Camila e Luiz e Lorenzo.
Em nota, a Vale disse que “ainda não foi intimada da decisão”. “A empresa é sensível à situação das famílias e dará encaminhamento ao caso, respeitando a privacidade dos envolvidos”, diz o comunicado.
(Texto: Julisandy Ferreira com informações da Isto É)