Por Rafaela Alves – Jornal O Estado de MS
Iniciativa que prevê a construção no terreno da unidade de saúde segue em análise na Planurb
A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário teve de passar por adequações nos últimos anos para poder ser habilitada pelo Ministério da Saúde e, com isso, o município receber recursos do governo federal para manutenção da unidade. Uma dessas mudanças foi, justamente, a desativação da farmácia, que agora é utilizada apenas para dispensação interna.
Entretanto, diante de tantas reclamações por parte dos usuários que precisam procurar uma Unidade Básica de Saúde para retirar os medicamentos, depois de passar pela consulta, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) está desenvolvendo um projeto para implementação de uma farmácia satélite no entorno do UPA. Inclusive, a pasta informou que a unidade é a única das seis UPAs da Capital que está com a farmácia fechada.
Segundo o secretário, José Mauro, a unidade do Universitário e a UPA do Vila Almeida serão as primeiras contempladas com a iniciativa.
“Estamos fazendo o projeto, pegando contrapartidas de construtoras e vamos criar farmácias externas nos terrenos das unidades, mas do lado de fora da UPA, porque assim a gente não perde a habilitação e o recurso que vem do Ministério da Saúde. Somente com a UPA do Universitária recebemos R$ 250 mil pela habilitação; são R$ 3 milhões por ano”, explicou.
Além de dar comodidade à população, que não precisará mais se deslocar até uma Unidade Básica de Saúde, José Mauro assegurou que, com as farmácias satélites, o município vai aumentar a assistência farmacêutica.
“Porque, além dos remédios básicos, vamos poder distribuir os medicamentos psicotrópicos, por exemplo, porque vamos ter um farmacêutico da rede para atender a população”, disse.
José Mauro afirmou ao jornal O Estado ainda que o projeto está praticamente pronto e que está aguardando uma posição da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) em relação à utilização do terreno.
“Estou esperando a Planurb dizer se poderemos usar do terreno para construir as farmácias externas”, confirmou.
A moradora Jéssica da Silva, 40 anos, alegou que será ótimo ter uma farmácia na Upa do Universitário, ainda mais no caso dela que sempre depende de transporte por aplicativo.
“Com certeza vai ajudar em muito, porque saímos daqui, com criança, e temos de ir até uma unidade básica, para chegar lá e muita vezes nem ter o medicamento. Então não adianta colocar se não vai ter medicamento”, pontuou.
Quem também comemorou a informação foi a moradora Arilda Alvares, 50 anos, que também viu com bons olhos o projeto de implantar uma farmácia no local de fora da unidade.
“Moro no Jardim Canguru, então sempre que preciso trazer minha neta ou eu mesma preciso de atendimento médico, venho aqui no UPA do Universitário, que é o mais próximo. Mas a questão da farmácia é um problema e já tem uns cinco anos que ela foi fechada”, assegurou
Habilitações
Conforme o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, o município recebe, por mês, aproximadamente, R$ 4,5 milhões do Ministério da Saúde com as habilitações.
“Isso dá uma renda de R$ 60 milhões ao ano e foi com esse dinheiro que conseguimos melhorar, principalmente o atendimento na atenção básica”, assegurou.
Inclusive, com as melhorias na rede municipal de saúde, Campo Grande deu um salto no percentual de cobertura na Atenção Básica, passando do último lugar entre as capitais em 2017, com 33%, para a oitava colocação, com 75% de cobertura, em 2021.
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