Um técnico de som de 27 anos, que havia sido preso preventivamente sob a acusação de estuprar a própria filha, de apenas seis anos, foi colocado em liberdade após a realização de exames complementares. O caso, que gerou forte comoção na cidade de Maracaju, a 159 quilômetros de Campo Grande, sofreu uma reviravolta após a perícia descartar a materialidade do crime.
O caso teve início no último sábado (27). Segundo o boletim de ocorrência, a mãe da criança relatou que a menina passou o Natal na casa do pai e retornou para sua residência no período da tarde. Enquanto brincava em uma piscina com a prima, a criança começou a reclamar de dores na região íntima.
Ao ser questionada pela mãe, a menina teria afirmado que o pai havia “mexido nela”. Diante do relato, a Polícia Militar foi acionada e conduziu a criança ao hospital local. Em um primeiro momento, uma avaliação médica preliminar indicou indícios de abuso, o que levou à prisão imediata do técnico de som por estupro de vulnerável.
Reviravolta no Caso
Apesar da confirmação inicial no hospital, o 15º Batalhão da Polícia Militar esclareceu, por meio de nota oficial, que a situação mudou drasticamente após exames especializados e mais detalhados.
“Ressalta-se que, embora o primeiro exame médico tenha indicado a necessidade de aprofundamento da apuração, exame complementar posterior afastou a materialidade do crime”, informou a corporação.
Com a ausência de provas físicas que sustentassem a acusação, a autoridade policial de plantão decidiu pela liberação do suspeito.
Além do resultado negativo para abuso, as investigações apontaram para um contexto de alta tensão entre os pais da criança. A polícia identificou indícios de que a denúncia pode ter surgido em meio a um divórcio litigioso conturbado.
A Polícia Civil continuará acompanhando o caso para entender as circunstâncias que levaram ao relato inicial da criança e à divergência entre os laudos médicos. Até o momento, o técnico de som responderá em liberdade, já que não existem elementos suficientes para manter a custódia ou sustentar a acusação inicial.
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