Em 2020, os usuários de transporte coletivo da Capital terão que desembolsar R$ 4,11 na tarifa. Esse foi o valor definido pelo Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do sistema, e repassado à prefeitura durante reunião entre as partes na noite de ontem (19), na Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos).
Segundo o consórcio, o cálculo para o novo valor apontou a necessidade de reajuste em até 1,5% do valor atual da tarifa, de R$ 3,95. Com o índice, a passagem chegará a R$ 4,90 nas linhas executivas, que possuem ar-condicionado e são chamados de “fresquinhos”.
O novo valor da tarifa de ônibus na Capital deverá ser oficializado nos próximos dias, com publicação do prefeito Marquinhos Trad no Diário Oficial do Município. A tendência é que o valor seja arredondado para R$ 4,10, como forma de facilitar o troco. No entanto, existe uma possibilidade remota, do valor chegar a R$ 4,05.
Conforme os dados apresentados pelo Consórcio Guaicurus, o reajuste da tarifa segue com o cálculo de alguns fatores, como a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a variação no preço das peças e carrocerias medida pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), além da variação no preço do combustível medida pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível) e o IPKE (Índice de Passageiros por Quilômetro Efetivo), que teve queda de 2,75% em fevereiro.
Outro fator mencionado para o acréscimo foi também ao reajuste de 3,5% concedido para os motoristas. É a primeira vez que a tarifa em Campo Grande ultrapassa os R$ 4. O novo valor deve deixar a Capital com o mesmo valor de Cuiabá (MT), ambas empatadas em sexto lugar, e atrás de Belo Horizonte (MG) (R$ 4,50), Florianópolis (SC) (R$ 4,40), São Paulo (SP) (R$ 4,30), Porto Alegre (RS) (R$ 4,30) e Curitiba (PR) (R$ 4,25). Antes, a Cidade Morena ocupava o 11º lugar no ranking elaborado pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), divulgado pelo portal Extra em janeiro deste ano. (João Fernandes com Assessoria)