A SES (Secretaria de Estado de Saúde) endureceu a fiscalização sobre a vacinação dos grupos prioritários da COVID-19. A pasta vai cobrar listas com os nomes de todos os imunizados dos municípios como forma de evitar que alguém “fure” a fila e tome a dose do público-alvo. Com o início da vacinação em profissionais da saúde, indígenas e idosos em instituições de longa permanência, já é comum o relato de pessoas que “furaram a fila” da imunização em todo o país e, no Estado, dois casos estão na mira do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
De acordo com o secretário Geraldo Resende, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) vai exigir que os municípios enviem dados referentes à aplicação das doses para fazer a checagem das pessoas que receberam as doses, se estão ou não dentro do público prioritário. “Vamos exigir [o envio de dados] como contrapartida dos municípios para que eles possam receber a segunda leva de vacinas”, afirmou Resende.
O titular da SES salientou ainda que, em compromisso com a transparência, as doses destinadas a cada município serão publicadas no Diário Oficial do Estado. “Falamos pelo exemplo, sou do grupo de risco, estamos à frente da batalha e poderíamos ter nos vacinado neste primeiro momento. No entanto, entendemos que existem outras prioridades, outras pessoas em Mato Grosso do Sul que precisam ser vacinadas na nossa frente”, frisou Resende.
O endurecimento da fiscalização da vacinação vem na mesma semana em que o governador Reinaldo Azambuja, junto com Resende e representantes do Ministério Público, se reuniram para alinhar a fiscaliação do plano de combate à COVID.
(Texto: Mariana Moreira e Mariana Ostemberg)