Ameaças digitais e estratégias de segurança cibernética entraram no radar do governo e do Senado brasileiro. O assunto foi discutido na quinta-feira (3) numa reunião secreta da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, da qual só puderam participar os parlamentares e os representantes dos órgãos federais de Defesa que foram convidados para a audiência.
Por conta disso, a Comissão de Relações Exteriores do Senado vai usar o conteúdo dessa e de outras reuniões, que já foram ou serão realizadas sobre o assunto, para elaborar um plano de defesa cibernética para o Brasil. O plano tem como relator o próprio Espiridião Amin, que quer finalizar o documento até o próximo mês para, a partir daí, começar a elaborar o Marco Legal da Segurança Cibernética.
Autor do requerimento que propôs a realização desta reunião, o senador Espiridião Amin (PP-SC) afirmou que o setor cibernético é estratégico para a defesa do país. Se depender de Amin, por sua vez, o trabalho começa ainda neste ano. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), já admitiu que o calendário dessa discussão ficará a cargo do relator.
“Foi uma reunião proveitosa, especialmente para nos alertar sobre a situação geral da chamada guerra cibernética no mundo, da vulnerabilidade que os países têm em matéria de ataques cibernéticos. Uma reunião útil, especialmente se nós pudermos avançar”, avaliou Amin. (João Fernandes com Congresso em Foco)