Próxima do fim, campanha de vacinação da influenza atinge menos de 30% da meta

Influenza
Foto: Nilson Figueiredo

Até agora, apenas 81,8 mil campo-grandenses dos grupos prioritários foram vacinados contra a gripe influenza, o que representa menos de 30% do público-alvo imunizado. A campanha termina nessa sexta-feira (3) e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) aguarda orientações do Ministério da Saúde para liberar as doses para todas as pessoas, sem restrições.

Conforme o balanço feito pela Sesau, até a última semana e levando em consideração a rede pública e privada, de 13.549 pessoas com comorbidades, apenas 480 se vacinaram, ou seja, nem 4%. Das crianças de 6 meses a 5 anos, 19,67% foram imunizadas.

Com algumas comorbidades, o médico-veterinário e professor universitário Fábio José Faria, de 50 anos, acredita que é um dever de todos procurar a imunização, não apenas para a própria proteção, mas de todos a sua volta. Ele recebeu a vacina na UBS (Unidade Básica de Saúde) 26 de Agosto.

“A vacinação é importante, pois tomamos desde que nascemos, tanto que o Brasil teve controle de muitas doenças há muito tempo, mas parece estar perdendo a batalha nos últimos anos. Precisamos nos vacinar para nos proteger e o semelhante. Mesmo se eu não me enquadrasse em um grupo de risco, apenas pela idade, se estiver disponível na minha faixa etária, tenho a responsabilidade de vir tomar”, destaca o doutor.

Segundo a assessoria de imprensa da Sesau, até a próxima sexta-feira o Ministério da Saúde deve se posicionar sobre prorrogar o prazo para os grupos prioritários ou abrir para toda a população.

Influenza

Conforme o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), dessa terça-feira (31), Mato Grosso do Sul está já registrou mais de 6,6 mil hospitalizações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) em 2022, com 92 óbitos. Das mortes, 91 foram por influenza A H3N2 e uma por influenza A não subtipado.

Campo Grande registrou 41,1% de todos os casos. Atualmente, 311 pessoas estão internadas e 75 delas na Capital. Do perfil das pessoas que perderam a vida para a gripe, a maioria, cerca de 33, é de indivíduos com mais de 80 anos.

Desde o início do monitoramento da doença, em 2009, só em 2016 o Estado ultrapassou a marca de 100 mortes. Em apenas cinco meses de 2022 já se aproxima dessa marca.

Texto: Kamila Alcântara – Jornal O Estado MS.

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