Professores retiram greve da “mesa”; Prefeito diz que entregará nova proposta já na segunda

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Foto: Alessandra Messias/O Estado Online

Parece que os ânimos se acalmaram no “cabo de guerra” entre os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) e a Prefeitura de Campo Grande. Ou pelo menos por enquanto. Em mais uma assembleia, desta vez na tarde de hoje (11) – e que ainda está acontecendo –, a greve prevista para ser iniciada na próxima quinta-feira (17) foi posta de lado. A discussão no momento é sobre os detalhes do aumento salarial para a classe.

Entre os pontos já aceitos, estão o escalonamento do salário reajustado, a partir de um cronograma definido na reunião desta sexta-feira. A contraproposta, contudo, é de que a Lei do Piso nacional seja respeitada em sua totalidade, de modo que seja equivalada em 100%. Isto significa que, de acordo com a tabela da ACP-MS (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), até outubro de 2024 o salário base passe dos atuais R$ 2.117,73 para novos R$ 3.845,63.

Quem explica as argumentações da entidade é o presidente do sindicato, Lucílio Souza Nobre, em entrevista para O Estado Online. Confira:

“O maior embate era sobre o piso nacional, isso para que não haja regresso nos percentuais. [O reajuste] respeita as condições fiscais, os recursos do município, para cumprimento da lei”, pontua Lucílio. A afirmação veio após o prefeito Marquinhos Trad ficar “temeroso” com uma possível rasteira na Lei de Responsabilidade Fiscal – o que a classe dos professores públicos reitera que não irá acontecer para o chefe do Executivo municipal.

Em reunião a portas fechadas ainda na noite de ontem (10), após veiculação de um vídeo de Marquinhos reclamando sobre a paralisação nas escolas públicas campo-grandenses – que amanheceram sem aulas nesta sexta-feira –, o próprio prefeito garantiu para Lucílio que uma nova proposta (já corrigida e formatada) será entregue à entidade dos profissionais na próxima segunda-feira (14). Isso só aconteceria caso a classe colocasse de lado a greve para apreciar na assembleia de hoje os pontos já entregue por Trad.

Com informações de Alessandra Messias.

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