Primeiro aumento do ano faz gasolina voltar ao patamar de R$ 5 na Capital

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Foto: Marcos Maluf

Reajuste nas bombas deve ocorrer ainda nesta semana

A gasolina será comercializada com novo valor nas refinarias a partir desta quarta-feira (25). O primeiro reajuste do ano, anunciado pela Petrobras, terá aumento de R$ 0,23, saindo de R$ 3,08 para R$ 3,31. Com isso, o custo ao consumidor final pode ficar, no mínimo, R$ 0,18 mais caro, chegando aos R$ 5, se considerar o preço médio de R$ 4,71. 

Esse é o mesmo patamar de agosto de 2022, conforme dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). 

O diretor-executivo do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul), Edson Lazarotto, emitiu parecer sobre o assunto ao jornal O Estado. “Diante do anúncio da Petrobras, no início desta semana, estimamos que a partir desta quarta-feira já ocorra reflexo sobre o preço do produto nos postos de combustível do Estado, podendo atingir aumento entre R$ 0,18 e R$ 0,23 no custo final”, informou. 

O gerente de um posto de gasolina, localizado na Avenida Spipe Calarge, em Campo Grande, Eliton Matos, 35 anos, ressalta que os valores serão reajustados após a compra de carregamento com o novo valor praticado pela refinaria. “Acredito que até sexta-feira, possa ter mudança nas bombas, porém, ainda não fui informado”, relata. 

O responsável pelo local ainda explica que, por se tratar de uma rede que conta com vários postos, o preço pode ser reajustado mais rápido. “Aqui, compramos praticamente todos os dias e comprando com novo preço já podemos repassar o aumento”, complementa Eliton. 

Gerente em um posto localizado na Avenida Três Barras, na Capital, Antônio dos Santos, 63 anos, relata que foi avisado pelo proprietário do estabelecimento, na manhã dessa terça-feira, sobre a elevação no preço da gasolina. “Chegando a nota com o preço ajustado já devemos alterar os valores. Bem provável que possa ocorrer na quinta-feira, o mais tardar até o fim de semana.” 

Em contrapartida, entre os consumidores da Capital tem quem se disse surpreso e também quem já esperava pela elevação do preço do produto. “Achei que ia abaixar já que ouvi dizer que em fevereiro teria uma alta”, contou o policial militar Éder Campos, 35 anos. 

Ele abastecia seu veículo, uma caminhonete, e revelou que possui outro carro de passeio, ao qual tem dado preferência na utilização, pois o veículo maior seria a diesel.

“Pelo visto, agora não terei muita alternativa já que ambos vão pesar no bolso de qualquer forma”, lamenta. 

Em outro ponto da cidade, o professor de História Marcelo Ramos, 45 anos, vai mais a fundo sobre o anúncio da estatal, salientando que o aumento é esperado diante de uma troca recente de governo no país. “É um período de adaptação, as coisas estão sendo modificadas, políticas ainda sendo implementadas, é um processo que está só no início.” 

Federação diz que Jean Paul não teve participação no aumento 

O reajuste dos preços dos combustíveis é uma iniciativa da área comercial da Petrobras que tem de ser aprovada pelo presidente da empresa, em conjunto com o diretor de investimentos e o diretor do refino. Como Jean Paul Prates ainda não assumiu o comando da empresa, ele não teve qualquer participação nesse processo. A nota foi emitida pela FUP (Federação Única dos Petroleiros).

“O mercado e a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) diziam que a defasagem da gasolina era de 14% e do diesel 9%. Agora que passaram as eleições, estão buscando tirar essa defasagem, em razão da pressão dos acionistas minoritários, e colocar a culpa no novo governo, que ainda não conseguiu assumir a gestão da Petrobras como acionista majoritário e controlador que é”, diz parte da nota.

Preços

Em pesquisa realizada pelo jornal O Estado, em sete postos de combustíveis em Campo Grande, na terça-feira (24), data do anúncio do reajuste feito pela Petrobras, o preço médio praticado nos locais é de R$ 4,68, apresentando variação de 6,23%. 

Na Avenida Spipe Calarge, dois postos praticam preços diferentes: em um o litro é vendido por R$ 4,49, menor preço encontrado na pesquisa, ao passo que o outro, no fim da rua, vende a R$ 4,77. Na Avenida Rita Vieira de Andrade, o litro chega a R$ 4,69, preço que se repete em três outros estabelecimentos, sendo estes na Avenida Gury Marques, Guaicurus e Costa Silva. Em outro ponto, na Avenida Três Barras o combustível é vendido a R$ 4,77.

Por Evelyn Thamaris  – Jornal O Estado do MS.

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