Primeiro ano sem a cobrança do parquímetro é marcado pela falta de vagas, no centro da Capital

parquímetro
Foto: Valentin Manieri

No dia 23 de março do ano passado, o contrato da Prefeitura Municipal de Campo Grande com a Flexpark chegou ao fim. A empresa administrava há 20 anos os parquímetros, que atendiam as 2.458 vagas no centro de Campo Grande, nos quadriláteros da avenida Fernando Corrêa da Costa à avenida Mato Grosso e avenida Calógeras à rua Padre João Crippa. Desde então, o estacionamento passou a ser gratuito, contudo, a principal queixa dos motoristas está na dificuldade em encontrar uma vaga para deixar os veículos. 

A reportagem do jornal O Estado foi até o centro da cidade, na tarde de ontem (23), para questionar os usuários sobre como está a situação nas ruas, para quem precisa estacionar e, na opinião do vendedor de pipocas Odenil Vilagra, 70, que tem seu ponto certo na região há 40 anos, desde que o estacionamento passou a ser gratuito, o trânsito está mais desordenado.

“Eu moro aqui pertinho, então venho trabalhar a pé, mas como fico aqui o dia todo, percebo que o trânsito fica bem bagunçado, porque as pessoas estacionam de qualquer jeito e em qualquer lugar. Mesmo que seja rapidinho, acaba atrapalhando”, lamentou. 

O vendedor ainda acrescentou que, às vezes, atrapalha até mesmo a acessibilidade do local. “Geralmente, as pessoas não demoram, mas tem gente que para nas rampas, nas entradas dos comércios e isso acontece todos os dias. Ou seja, o trânsito fica desorganizado, principalmente em horários de maior movimento”, disse o vendedor. 

Em contrapartida, o vendedor ambulante Rafael Carlos, que trabalha no centro todos os dias, disse que acha melhor sem a cobrança. “Eu acho que é melhor sem o parquímetro, levando em consideração que se as pessoas não têm que pagar estacionamento, elas vem mais ao centro, o que, para nós, é bom, porque quanto mais gente circulando por aqui, maior a possibilidade de vendas.” 

Rafael concordou que o trânsito fica bagunçado, mas justificou dizendo que, com ou sem parquímetro, as pessoas têm que respeitar as regras de trânsito. “Tem lugares que está escrito que é apenas para embarque e desembarque, mesmo assim as pessoas estacionam e vão passear, assim como acontece perto das rampas de acesso. Elas sabem que não pode, mas fazem”, contou o vendedor, que observa o trânsito dali há, aproximadamente, quatro anos, todos os dias.

O que diz a prefeitura?

Em nota enviada ao jornal O Estado, a Prefeitura Municipal de Campo Grande informou que ainda não é possível apresentar uma previsão para o lançamento de uma nova licitação, para escolher a empresa que administrará o estacionamento rotativo, levando em consideração que o estudo para abertura está em fase de modelagem econômico-financeira, pois o município optou por continuar com a modalidade de concessão, para exploração do serviço. 

A prefeitura ainda esclareceu que a modelagem econômico-financeira é um sistema complexo e de análises, que buscam antecipar o futuro desempenho econômico de um projeto, ajudando a estabelecer panoramas e gerenciando riscos. Além disso, uma série de dados e fórmulas que criam modelos de cenários de investimento, está sendo utilizada para decisões importantes.

Por Tamires Santana  – Jornal O Estado do MS.

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