Desde que anunciado, o projeto de transformar o Hotel Campo Grande em moradia popular, por meio do Programa Retrofit, do Governo Federal, gerou uma grande discussão e diversas entidades se manifestaram sobre o assunto, até mesmo a Câmara Municipal.
E foi justamente essa polêmica que fez com que a Prefeitura Municipal de Campo Grande, junto da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), recuasse e não realizasse a inserção do projeto informatizado no sistema do Pró-Moradia do Ministério do Desenvolvimento Regional, em Brasília.
“O que foi entregue para Ministério, foi o projeto físico, ou seja, o papel. Agora para fazer a inserção, hoje, com as mudanças do novo Governo, onde foi feito uma adequação do sistema, o projeto carecia de ser inserido no sistema do Pró-Moradia, porém, preferimos não fazer um enfrentamento, recuar e tentar depois. Criou-se uma discussão muito grande sobre o assunto, muitos embates, então o que vamos fazer agora é tentar explicar de uma melhor maneira o projeto para daí tentar garimpar esse recurso inserindo-o de forma coesa com o apoio de todas as entidades ”, explica o diretor-presidente da Emha, Eneas José de Carvalho Netto.
Ainda de acordo com Eneas, outro ponto bastante discutido e que também ajudou na decisão do recuo, foi sobre os gastos previsto para transformação. O projeto prevê R$ 13 milhões para desapropriação e R$ 23 milhões para reforma, ao todo, seriam investidos R$ 36 milhões. (Rafaela Alves)