Prefeitos querem lei seca, maior restrição no comércio e mais policiais para evitar colapso da saúde

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Mesmo com a situação crítica em Mato Grosso do Sul, a nova atualização do programa Prosseguir, à qual o jornal O Estado teve acesso, apresenta uma certa melhora. Diferente da última publicação, do dia 26 de maio, em que Dourados estava na bandeira cinza, de risco extremo de transmissão da COVID-19, neste novo mapa, que deve ser publicado hoje (9) pelo governo do Estado, nenhum município está nessa classificação.

Apesar disso, muitas cidades se encontram na cor vermelha, que indica alto risco, e prefeitos se reuniram ontem (8) com o governador do Estado solicitando medidas mais rígidas de prevenção Dourados, que estava na pior classificação, nessa atualização do programa, que corresponde ao período do dia 10 a 23 de junho, a cidade passou para a bandeira vermelha. Campo Grande também se encontra nessa cor, assim como Corumbá e Três Lagoas. O novo mapa colocou apenas sete municípios na bandeira amarela, de grau tolerável, como Caracol e Paranhos.

Municípios pedem mais restrições

Ontem (8), a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) enviou um ofício com sugestões de restrições, após uma reunião com prefeitos de algumas cidades e o governador Reinaldo Azambuja.

No documento, a Assomasul solicita a permanência das medidas restritivas do Prosseguir, proibição do consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e estabelecimentos comerciais; redução de limite de 50 pessoas para 40 em eventos e comércios.

Segundo o presidente da Assomasul e prefeito de Nioaque, Valdir Couto, o governo do Estado deve sinalizar se as sugestões serão acatadas com a publicação de um novo decreto até amanhã (10). “A preocupação dos municípios é de tomar uma decisão em conjunto, os prefeitos não querem ficar tomando decisões isoladas”, reforçou Couto.

Mato Grosso do Sul vive o colapso no sistema de saúde. Ontem (8), mais cinco pacientes foram transferidos para São Paulo, e o Estado também realizava tratativas para levar pacientes para o município de São Bernardo do Campo (SP) e para o Amazonas.

Especialistas também reforçam a necessidade de lockdown, foi o que afirmou o infectologista Julio Croda.  “É necessário fechar tudo. Quanto mais severas as medidas, mais rápido voltaremos aos números menos expressivos”, considera.

Ponta Porã é um dos municípios que hoje enfrentam situação delicada no enfrentamento à pandemia. Na faixa de fronteira com o Paraguai, a cidade já não tem mais leitos de UTI na rede privada ou pública, e passou a improvisar atendimento. “Tem gente entubada até na enfermaria”, pontuou.

Empresários do Estado também solicitam por flexibilizações para o Dia dos Namorados. No sábado (12), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Estado enviou um ofício pedindo que os estabelecimentos possam funcionar uma hora a mais na data.

(Texto: Mariana Ostemberg e Clayton Neves)

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