Pesquisa mostra que cortes tiveram alta de 5% em um mês
Com a aproximação do feriado, aumenta a ‘corrida’ aos açougues por aqueles que querem garantir o churrasco para a data ou os ingredientes para o almoço em família. Contudo, as notícias não são tão positivas, já que a Equipe do Jornal O Estado constatou que em um mês, o preço médio pago pelo quilo da carne subiu 4,89%, com valores que chegam a variar até 41,83% no caso do músculo bovino que foi identificado com preços entre R$ 17,90 até R$ 25,39 em nove estabelecimentos da cidade.
Vale lembrar que o levantamento mensal realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apontou que em setembro o custo por quilo da carne bovina de primeira obteve um incremento de (3,32%).
De acordo com os preços obtidos na tarde de ontem (08) em nove, dos dez estabelecimentos pesquisados pela equipe de reportagem no mês de setembro, foi possível observar que o preço médio pago pelo quilo do Acem foi de (R$ 24,19), com custo mínimo de R$ 21,99 obtido na conveniência Cerv Mais da R. da Divisão, no Jardim Parati e por outro lado o preço mais caro R$ 26,99 foi encontrado na Conveniência e Açougue Maurão, da avenida das Bandeiras, na Vila Piratininga (variação de 22,74%).
Em setembro, o quilo do acém variou 18,19% e custou em média R$ 23,89, sendo vendido a R$ 21,99 na Conveniência Cerv Mais da Rua da Divisão, no Jardim Parati, e no açougue & Mercado Silva, Rua do Panda, bairro Estrela D’Alva. Na ocasião, o valor mais alto (R$ 25,99) foi localizado na Conveniência e Açougue Maurão, da Avenida das Bandeiras, Vila Piratininga. Com isso, é possível observar que em um mês o quilo médio do acem variou 1,26%.
O segundo corte pesquisado neste mês foi o miolo da agulha, cujo valor médio foi de (R$ 26,71) e mínimo de R$ 23,99 obtido no Mercado Silva da Rua do Panda, no Conjunto Habitacional Estrela D’alva I. Em contrapartida, o custo mais ‘salgado’ R$ 27,99 foi obtido em dois dos estabelecimentos pesquisados e são eles: Mercado Paraná da Rua da Divisão, no Jardim Parati e no Mercado Carioca da Avenida Sete, bairro Jardim Carioca. Com isso, a variação foi de 16,66% entre os supermercados.
Contudo, quando se observam os resultados do mês passado é possível perceber que o custo médio foi de R$ 25,64, ou seja, em um mês o produto variou 4,71%. Na ocasião o valor mais baixo foi de (R$ 22,90) na Conveniência e Açougue Maurão, da Avenida das Bandeiras, e o mais “salgado” (R$ 28,99) foi o do Supermercado Paraná, da Rua da Divisão, no Jardim Parati.
O terceiro corte analisado, foi a costela bovina, cujo custo médio neste mês foi de R$ 17,74. Mesmo assim, na comparação entre os preços cobrados nos supermercados da cidade foi possível encontrar o quilo custando entre R$ 15,99 (na Conveniência Cerv Mais e no Mercado Silva), até R$ 19,99 no Mercado Carioca, consolidando assim, uma variação de 25,01%.
No comparativo com os valores praticados em setembro, o preço médio do quilo da costela bovina foi de R$ 16,92 (em um mês o produto subiu 4,85%). Diferença também foi observada no preço mínimo, ao registrar no período um custo de R$ R$ 12,99 no Açougue & Mercearia Fontoura da Rua Candido de Castro Rondon, no bairro Terra Morena, e de até R$ 19,99 no Supermercado Carioca, da Avenida Sete, no Jardim Carioca.
Em seguida, a equipe comparou o preço médio obtido no músculo bovino que ontem (08) custou R$ 23,08. Este foi o único corte que apresentou queda no preço médio, pois em setembro ficou em R$ 23,46 (retração de -1,61%). Sendo o preço mais baixo R$ 17,90 da Casa de carne Oriente, localizada no interior do Mercadão Municipal e de até R$ 25,39 identificado no Mercado Carioca. Sendo assim, a pesquisa se torna fundamental já que os preços comparados em nove locais chegam a variar 41,83%.
No mês passado, os valores variaram 14,11%, tendo como valor mais barato R$ 21,90 na Conveniência Cerv Mais, da Rua da Divisão, no Jardim Parati. E o preço mais alto (R$ 24,99) localizado em três locais, sendo estes: Supermercado Paraná da Rua da Divisão, Açougue & Mercearia Fontoura da Rua Candido de Castro Rondon e no Supermercado Carioca, da Avenida Sete, no Jardim Carioca.
Para quem opta pela compra do patinho, o valor médio obtido nesta semana foi de R$ 30,65. Com variação de 19,68% ao registrar custo mais baixo de R$ 27,99 da Conveniência e Açougue Coronel localizada na Rua do Rosário, no Monte Castelo. Todavia o custo mais alto ficou por conta dos R$ 33,50 encontrados na Casa de Carne Oriente do Mercadão Municipal.
Em setembro, o preço médio do patinho variou 8,97%, custando em média R$ 29,22 e tendo como preço mais baixo R$ 27,99. Valor este praticado em pelo menos em três dos comércios visitados, sendo eles: Conveniência e Açougue Maurão da Avenida das Bandeiras, Vila Piratininga, Açougue & Mercearia Fontoura e na Coronel Conveniência da Rua do Rosário, Monte Castelo. Em contrapartida, o preço mais alto ficou por conta dos R$ 30,50 cobrados no Açougue Oriente e no Dib, ambos localizados no Mercadão Municipal de Campo Grande.
O último corte analisado foi a alcatra, um dos cortes mais procurados por aqueles que querem fazer um churrasco ou assar na chapa. O preço médio para quilo da proteína foi de R$ 33,96. com valor mínimo de R$ 32,00 na Conveniência e Açougue Coronel do bairro Monte Castelo e o mais alto R$ 36,70 foi obtido na Casa de Carne Oriente do Mercadão Municipal. Sendo assim, para quem realizar uma breve pesquisa poderá economizar até 14,69%.
No mês anterior, a alcatra obteve uma diferença de 6,67% nos preços, com valor médio de R$ 32,68, ou seja, na comparação mensal, o custo médio aumentou 3,92%. Na ocasião o custo mínimo obtido foi de R$ 29,99 na Conveniência Cerv Mais e com um valor máximo de R$ 34,50, preço este que representou no maior aumento da pesquisa; ambas as cotações também foram localizadas nos açougues Oriente e no Dib, do Mercadão Municipal.
Carne bovina puxou alta de 1,72% na cesta básica de setembro, de acordo com DIEESE. O indicativo mensal realizado pelo Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos revelou que em setembro O preço da carne bovina de primeira foi maior em relação a agosto em 16 cidades, dentre elas, em Campo Grande onde o encarecimento foi de (3,32%). Para Andreia Ferreira. Economista do Dieese a tendência é de que os preços continuem em alta nos próximos meses.
“os preços dos insumos aumentaram (soja, milho e outros itens da ração). Além disso, as exportações caminharam bem, e com isso, diminuiu a disponibilidade interna e com isso, a tendência é de que o aumento continue, porque os dois últimos meses do ano, já tem aumento da demanda por conta das férias e festas de fim de ano”, finalizou. Veja mais.
(Texto: Michelly Perez)