Por demanda espontânea, prefeitura realizará 700 exames RT-PCR por dia

A procura por exames da COVID-19 aumentou nos pontos de testagem em Campo Grande. Pensando em auxiliar no atendimento, a prefeitura iniciará na próxima semana a coleta dos exames por demanda espontânea. Em duas semanas, o número de casos confirmados apresentou alta de quase 50%. Para a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), os índices confirmam tendência de elevação nos indicadores da pandemia.

Com isso, a prefeitura iniciará na próxima semana a coleta dos exames RT-PCR por demanda espontânea. “Este exame é realizado entre o terceiro e sétimo dia de sintoma, com o diagnóstico precoce as possibilidades de o paciente contaminar outras pessoas por não saber que está com o vírus reduz significativamente”, explicou o titular da pasta, José Mauro Filho.

Sendo assim, o paciente que tiver dentro dos critérios para a realização do teste não necessitará mais realizar o agendamento, podendo fazer a coleta já no mesmo momento que busca uma das 24 unidades de saúde.

Testes positivos dobram na Capital

Segundo o município, somente em 2021 foram realizados 96.292 exames até o dia 25 de maio. Neste ano, o mês de março foi recordista em testes, atingindo 20.778 coletas, número 50% maior que em fevereiro. Hoje, Campo Grande finaliza a 21ª semana epidemiológica de 2021. Na semana passada, a 20ª, a Sesau contabilizou 8.900 testes positivos para a COVID-19.

Duas semanas antes, a semana 18 terminou com anotações de 6 mil confirmações, o que representa crescimento de 2.900 novos infectados, quase 50% a mais no intervalo de duas semanas. Desde o fim de fevereiro, o atendimento passou a ser feito por demanda espontânea em 24 unidades de saúde, com capacidade diária de 30 exames. No início do mês a Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) inaugurou drive-thru que realiza até 500 testes por dia.

Apesar disso, na manhã de quinta-feira (28), antes mesmo de o drive-thru começar os atendimentos, fila de pelo menos 30 veículos já aguardava para entrar no espaço. Vizinhos ao prédio afirmaram que o cenário atípico começou a se instalar nesta semana. “Antes pela manhã não tinha essa fila”, comentou um morador. “Já tinha vindo aqui em outra oportunidade e não estava assim. Hoje já está bem mais congestionado”, comentou a dentista Beatriz Resende, de 24 anos, que aguardava há pelo menos 40 minutos.

“Tenho pacientes marcados e caso se confirme a COVID-19 preciso desmarcar as consultas”, explicou. Já Valquíria Louveira, de 43 anos, começou a apresentar sintomas depois que colegas de trabalho testaram positivo para a COVID-19. “Senti dor de cabeça, garganta e dor no corpo”, aponta. Enquanto aguardava a vez de ser chamada, ela torcia para que o atendimento não demorasse e para que o resultado fosse negativo.

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