Operação investiga empresa que mentia lucro no mercado financeiro para clientes

crimes financeiros

A empresa chegou a contar com mais de 2 mil clientes no Brasil

A PF (Polícia Federal) realizou, nesta quarta-feira (1º), a Operação Romeu Sierra India com o objetivo de acabar com uma organização criminosa que recebia ilegalmente recursos de investidores e trabalhava com lavagem de dinheiro. A empresa prometia grandes ganhos com aplicações no mercado financeiro de valores mobiliários.

O principal investigado se apresentava aos clientes da empresa como um dos maiores day trader do país, o que as investigações provaram não ser verdade. Segundo levantamentos realizados, a maioria dos valores investidos no mercado de capitais resultou em grandes prejuízos para os investidores.

Aproximadamente 80 policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, além de 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Dourados, Campo Grande, Ponta Porã, Naviraí, Porto Murtinho, Amambai, Franca (SP) e Maringá (PR).

As investigações tiveram início em 2020 após a Polícia Federal receber uma comunicação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de que na cidade de Dourados funcionava uma empresa dedicada à captação de recursos de terceiros, para fins de investimentos no mercado de capitais, sem autorização da CVM.

A empresa contava com um sofisticado e convincente sítio de internet, onde em seu manual de investimentos explicava aos clientes a forma como trabalhava e os principais tipos de produtos oferecidos. Todos com uma rentabilidade muito acima do mercado.

A área do cliente, acessado através de login e senha individual, contava com gráficos e planilhas explicativas onde eram discriminados os valores investidos e os ganhos auferidos com as supostas aplicações em bolsa feitos pela empresa em nome dos clientes, como se de fato fosse uma corretora de valores.

Aprofundamento

Com o aprofundamento das investigações, descobriu-se que pelas contas bancárias da empresa investigada em dois anos circularam mais de R$ 60 milhões.  Parte dos quais, segundo os próprios investigados, foi remetida para Londres, no Reino Unido, após decisão da CVM de barrar as atividades da empresa, já que essa não possuía autorização do órgão regulador, para operar no mercado de capitais.

(Com informações do repórter Itamar Buzzatta)

 

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