Polícia Civil analisa imagens das câmeras de segurança da Rua Bahia

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Testemunha cita imprudência e piloto da motocicleta vai para enfermaria

Quase uma semana após o acidente no cruzamento das ruas Antônio Maria Coelho com a Bahia, no Centro de Campo Grande, ocorrido no sábado (9), que resultou na morte da cozinheira Belquis Maidame, 51, o caso segue em segredo de Justiça e será investigado pela 1ª DP da Capital. As imagens das câmeras de segurança já estão com as equipes da perícia e serão importantes para confirmar, ou não, a tese apresentada por testemunhas, que apontam que o condutor do Toyota Etios, o jornalista Guilherme Pimentel, 30, estaria em alta velocidade e já havia furado vários sinais vermelhos.

A principal testemunha do caso é um motorista de aplicativo, que estava com uma passageira, subindo a Antônio Maria Coelho. Para a polícia, em depoimento, ele chega a chamar Guilherme de irresponsável e afirma que ele teria desrespeitado a sinalização semafórica por várias ruas, antes da colisão.

“Vinha com um passageiro quando esse irresponsável também vinha, no mesmo sentido, em alta velocidade, acredito que acima de 100 km/h, furou o sinaleiro na Bahia, pegando o casal que estava de moto”, está escrito no documento policial.

Belquis estava na garupa e veio a óbito no local. Seu marido, que conduzia a motocicleta Biz, foi socorrido em estado grave e está na Santa Casa, mas já passou por novas avaliações e ontem (14), segundo a assessoria do hospital, deixou o CTI (Centro de Terapia Intensiva) e foi levado à enfermaria.

Cabe lembrar que o Toyota Etios é um dos veículos da frota oficial do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, pois Guilherme era assessor de comunicação comissionado, sendo foi exonerado no primeiro dia útil após o ocorrido. Para a polícia, no momento do acidente, o jornalista assumiu que havia ingerido vinho com o companheiro, na noite anterior, não aceitou realizar o teste do bafômetro, mas apresentou sinais de embriaguez, relatados no boletim de ocorrência pela equipe policial que atendeu a ocorrência. O namorado foi chamado para prestar depoimento, confirmando o consumo da bebida, porém, depois mudou a versão e disse que apenas ele tinha tomado vinho, porque o jornalista precisaria estar no posto de trabalho na manhã de sábado (9), data do acidente.

Guilherme foi preso em flagrante por homicídio doloso e foi solto após o pagamento de fiança, no valor de R$ 66 mil, realizado em espécie. Nas redes sociais, familiares das vítimas questionam a rapidez no processo de soltura do motorista. “Ela estava indo trabalhar e foi morta por um cara que furou o sinal, confessou que bebeu e o pior de tudo, pagou 66 mil [reais] de fiança e saiu antes da minha tia ser enterrada”, desabafa a sobrinha Luanna Maidana.

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