Nesta segunda-feira (09) por volta das 8h05, os preços do petróleo operavam em queda de mais de 20% derrubando os mercados acionários. O petróleo Brent recuava US$ 9,75, ou 21,54%, a US$ 35,52 por barril.
O petróleo dos Estados Unidos caía US$ 9,36, ou 22,67%, a US$ 31,92 por barril. Mais cedo, os preços chegaram a cair mais de 30%, o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991, após a Arábia Saudita ter sinalizado que elevará a produção para ganhar participação no mercado, que já está com sobreoferta devido aos efeitos do coronavírus sobre a demanda. As ações europeias operavam com forte baixa, enquanto os mercados asiáticos fecharam também com resultados negativos.
O Brent chegou a cair 31% no início da sessão, para US$ 31,02, menor nível desde 12 de fevereiro de 2016, enquanto o WTI chegou a despencar 33%, para US$ 27,34, também menor nível desde 12 de fevereiro de 2016. A maior queda diária do petróleo dos EUA foi em 1991, quando a cotação recuou em um terço. “Esse ambiente de menor preço deve ter duração limitada, de alguns meses, a não ser que todo o impacto desse vírus sobre os mercados globais e a confiança do consumidor leve à próxima recessão”, disse o vice-presidente de análise estratégica da ARM Energy, Keith Barnett.
A desintegração da Opep+, formada pela Opep, a Rússia e outros produtores, acaba com mais de três anos de cooperação entre os países para apoiar o mercado. A Arábia Saudita pretende aumentar sua produção para acima de 10 milhões de barris por dia (bpd) em abril com o final do atual acordo para redução de oferta, que expira ao final de março, disseram duas fontes à Reuters no domingo. Os sauditas têm produzido cerca de 9,7 milhões de barris por dia nos últimos meses.
(Texto: Karine Alencar com informações da Uol e Reuters)