Perfil de passageiros vai definir as novas lojas do Aeroporto da Capital

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Foto: Marcos Maluf

Passageiros destacam a opção reduzida de lojas e a falta de restaurantes 

Com o Aeroporto Internacional de Campo Grande terceirizado, a expectativa é de que seja transformado em mais um ponto comercial e cultural da cidade. A concessionária Aena Brasil, nova administradora do terminal, revelou que já está em fase de pesquisas e avaliações, com expectativas de boa concorrência pelos espaços comerciais disponíveis na unidade.

Atualmente, quem chega ao aeroporto encontra guichês de agências de viagens, duas cafeterias, uma loja de vinhos, vários balcões de serviços aos passageiros, uma acomodação especial de uma construtora famosa em Campo Grande e apenas um quiosque com artesanatos. Ou seja, para um turista, que veio conhecer as belezas pantaneiras, é complicado comprar de última hora algum chaveiro de arara para ter de lembrança.

A auxiliar administrativa Rosane Nunes de Souza, que está de passagem em Mato Grosso do Sul, natural do Estado do Rio Grande do Sul, ficou um mês na cidade de Dourados na casa da irmã, chegou no Aeroporto de Campo Grande às 6h e relatou sua experiência, ao jornal O Estado.

“Estou de férias com meu esposo, em MS e não é fácil ficar das 6h da manhã até às 18h esperando voo. O mais complicado é falta de opções para almoçar e fazer um lanche”, disse.

Rosane continua dizendo que tem apenas duas cafeterias no local. “Além da falta de opção tudo é muito caro. Sou acostumada a viajar, já passei por dezenas de aeroportos e em Campo Grande foi único que não tem opção de um restaurante para almoçar. Além do calor absurdo, o ar-condicionado não está funcionando”, revelou.

A estudante Dominique Vitorias Pereira, de 21 anos, veio de Manaus para morar em Campo Grande. “Cheguei hoje na Capital e de cara já fiquei impressionada com a falta de estrutura do aeroporto, não tem uma loja de roupa e, para comer, poucas opções. É um local espaçoso, mas sem administração”, ressaltou a jovem.

Por meio da assessoria de imprensa, a Aena Brasil afirma que honrará todos os contratos com os atuais lojistas. Os pontos comerciais vagos serão oferecidos por meio de concorrência no menor tempo possível, de acordo com o espaço físico e mix de lojas para atender aos passageiros da melhor forma.

Durante entrevista coletiva, realizada na última sexta-feira (13), o diretor- -presidente da empresa, Santiago Yus, explicou que uma equipe já está realizando a pesquisa de mercado local, que leva em consideração o perfil de passageiros que visitam o aeroporto.

“Normalmente, a gente trabalha de acordo com o perfil dos passageiros, pois depende do aeroporto, se ele é mais para passageiros de negócios ou de turismo. A partir daí se desenha qual layout é melhor para atender esses passageiros, abre-se concorrência após definir os locais e quais atividades que queremos colocar. Estamos muito agradecidos em acolher os comerciantes aqui”, destacou. Por fim, a concessionária cita que ainda não tem o número exato de quantos espaços comerciais disponibilizará e destaca que os futuros contratos “não se tratam de leilão, mas de uma concorrência para avaliar diversos aspectos, como diversidade de produtos e qualidade de serviço ao passageiro”.

No novo site oficial é possível encontrar quais são as lojas e serviços disponíveis. Basta acessar aenabrasil. com.br, selecionar o terminal e ir na aba “Guia do Aeroporto”.

Por Kamila Alcântara e Thays Schneider

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