Pequeno Kalel de um mês e 15 dias amarga espera por uma transferência do Hospital Regional

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A vida do pequeno Kalel Magalhaes começou cheia de desafios. Quando a criança completou 15 dias de vida ele precisou ser internado no Hospital Regional com o diagnóstico de Vírus Sincial Respiratório. Desde então, a criança está prestes de completar um mês de tratamento na unidade e a família denuncia as precárias condições do atendimento.

“Aqui é uma bagunça, as condições estão insalubres. Deixaram meu filho em jejum durante a noite e só às 11h da manhã do outro dia é que foram me avisar que o aparelho de tomofgrafia estava quebrado. Enfermeiros aplicaram medicações e precisamos ficar perguntando do que se trata, para que a criança não receba medicação errada. Não tem equipe suficiente”, lamenta a jornalista Suelen Morales de 33 anos, mãe de Kalel.

Imagens registradas pela mãe indicam que o hospital, que está recebendo obras de pintura na parte externa, não vê uma reforma no interior há algum tempo. Forros do telhado estão quebrados, janelas estragadas, banheiro que inunda os quartos dos pacientes. Além de baratas dividindo o espaço com as crianças estão entre as situações relatadas.

O estado de saúde de Kalel evoluiu para uma pneumonia e posteriormente para um abscesso pulmonar, ou seja, pus no pulmão. A solução encontrada pela equipe médica indica que essa secreção precisa ser retirada por rádiointervenção, contudo, o procedimento que deveria ter sido realizado na última quinta-feira (6), no Hospital Universitário, nem se quer foi agendado.

“Deixaram o Kalel em jejum outra vez, perguntei pela manhã quando a ambulância chegaria para nos levar ao HU e me informaram que já estava à caminho, depois de um tempo, me informaram que estava no Hospital do Pênfigo e depois de horas, a equipe de residentes me informou que o procedimento nem se quer tinha sido marcado”, lamentou a mãe.

O caso ganhou repercussão desde a última quinta-feira (6), contudo, para o Jornal O Estado a mãe confirmou na tarde de ontem (7), que a criança seguia aguardando vaga para transferência hospitalar.

Em nota, o Hospital Regional informou que há um projeto sendo realizado, em parceria com a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), para levantar as necessidades de obras e intervenções no hospital.

“Para reforçar o quadro dos profissionais de enfermagem, foram abertas recentemente, por meio de processo seletivo simplificado e concurso público, 122 vagas distribuídas entre enfermeiros e técnicos de enfermagem. O hospital possui canais específicos para denúncias e reclamações, sendo eles a Ouvidoria e o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente). Estamos à disposição da família para dirimir quaisquer dúvidas sobre o atendimento prestado”, finalizou.

Por Michelly Perez

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