Em dez anos, o PIB (Produto Interno Bruto) industrial de Mato Grosso do Sul passou de R$ 6,21 bilhões (2009) para 21,7 bilhões (2019), com crescimento de 249,44%. O resultado fez com que a Fiems (Federação das Indústrias de MS) considere como a década de ouro para a indústria no Estado. As previsões para os próximos anos são ambiciosas, já que até 2023, o setor espera que o índice cresça, pelo menos, 28%.
Em 2009, 103.302 mil trabalhadores faziam parte do grupo industrial. Hoje, o número aumentou 22,07% chegando a 126.100. O número de estabelecimentos cresceu 41,53% saindo de 4.226 antes, para 5.981. Já o total das exportações saltou de US$ 1,50 bilhão para US$ 3,65 bilhões (+143,33%). Na divisão por setores, serviços e comércio, mais uma vez, mostra sua força num Estado tradicionalmente conhecido pela agropecuária, sendo responsável por 41% (R$ 35,4 bilhões) do PIB estadual, seguido por indústria com 22% (R$ 19,1 bilhões), administração pública 19% (R$ 16,7 bilhões) e agropecuária com 18% (R$ 15,2 bilhões).
Mesmo num cenário adverso nos seis primeiros meses deste ano, a indústria conseguiu manter sua pujança, comemorou o presidente da Fiems, Sérgio Longen. “No segundo semestre, começamos uma recuperação econômica, que já vinha dando sinais no início do ano, mas foi no segundo semestre que a indústria apresentou os resultados. Tivemos um aumento de emprego não muito significativo, mas crescemos. O número de estabelecimentos comerciais, as exportações cresceram e o PIB industrial também teve um crescimento significativo. Algumas atividades que vinham em recessão, todas elas foram superadas e conseguimos consolidar um resultado muito positivo. As exportações foram algo impactante não tem para país nenhum, onde temos um número muito significativo assim como o PIB da indústria, que não se comprar nem mesmo com o obtido na Ásia”, afirmou Longen.
Sobre as expectativas para o próximo ano, Longen afirma que será um momento de avançar e conquistar ainda mais espaço tanto interno, quanto externo para a indústria de MS. As projeções até 2023 são de aumento de 2,97% no número de trabalhadores; crescimento de 5,05% dos estabelecimentos comerciais; exportações com aumento de 9,86% e PIB Industrial 28,1% maior
“Entendemos que 2020 será um ano bem mais calmo, a reforma tributaria será a primeira pauta para 2020 e, com certeza, para as atividades empresariais será um ano bem movimentado, porque busca um equilíbrio entre o que temos hoje e a bagunça tributária. A nossa defesa é de que o MS seja contemplado com áreas de investimento. Precisamos manter o desempenho da nossa atividade e levar nossos produtos para o mercado interno e externo, precisamos ser competitivos mundialmente”, comentou o presidente.
Setores
Setor |
Empresas |
Empregados |
Valor da Produção |
Frigoríficos e produtos de carne |
110 |
27.213 |
R$ 14,2 bilhões |
Indústria Sucroenergética |
19 |
20.500 |
R$ 6,355 bilhões |
Indústria do Papel e Celulose |
31 |
6.374 |
R$ 6 bilhões |
Indústria de alimentos e bebidas |
914 |
11.998 |
R$ 3,842 bilhões |
Indústria da Construção |
1.938 |
19.585 |
R$ 3,2 bilhões |
Indústria Metalúrgica |
921 |
8.555 |
R$ 3 bilhões |
(Texto: Marcus Moura e Michelly Perez)