P.1, delta e mais: o quanto as vacinas são eficazes contra novas cepas?

Idosos
Foto: Marcelo Tavares

A velocidade de mutação do novo coronavírus o torna um desafio para ciência. No Brasil, já circula a variante P.1, descoberta em Manaus e, ontem (7), o governo de São Paulo confirmou a circulação da variante delta, detectada na Índia e com maior poder de transmissão. Com isso, o debate sobre novas aplicações com a vacina está em alta e O Estado Online recebe nesta quinta-feira (8) o pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Julio Croda para falar da eficácia das vacinas.

A entrevista será ao vivo, às 14h, e pode ser acompanha pelo Facebook e Instagram do O Estado Online. Croda é quem comanda um estudo do impacto da vacinação em massa em 13 cidades de Mato Grosso do Sul que fazem fronteira com outros países. Ele também foi autor de uma pesquisa que sugeria a necessidade de uma terceira dose da CoronaVac para idosos com mais de 80 anos para aumentar a proteção contra o vírus. Dúvidas sobre as vacinas podem ser enviadas para o especialista responder durante a live.

O estudo comandado por Croda visa medir a redução de internações e mortes por covid-19 e, por este motivo, está sendo feito com maiores de 18 anos. A expectativa é que estes dados possam ser avaliados dentro de 45 dias. O imunizante da Janssen foi escolhido para este levantamento e está sendo aplicado nas cidades de Mundo Novo, Japorã, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Ponta Porã, Antônio João, Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho, Corumbá e Ladário.

No entanto, muitas cidades estão notando baixa procura nos postos de saúde. Se a imunização nos municípios de fronteira for concretizada, a expectativa é que se crie um “cinturão” de defesa no Estado que pode evitar a entrada de novas variantes no Brasil, como já explicou Croda.

Variantes

As novas cepas do coronavírus estão provocando estudos sobre a utilização das vacinas. Ontem, conforme o G1, com a confirmação do caso da variante delta, foi anunciado que a gestão estadual e o Instituto Butantan estão avaliando diminuir o intervalo de tempo entre a aplicação da primeira dose e a segunda. A preocupação é referente ao fato da variante ser mais contagiosa.

Já nos Estados Unidos, autoridades estão propondo uma dose reforço para quem foi imunizado com a vacina da Janssen, que é de uma dose única. As variantes também são o centro deste debate.

A ação semelhante pode ser estudada no Brasil após a pesquisa que está sendo feita em 13 municípios de Mato Grosso do Sul. Em entrevista ao Estado Online, o pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, explicou que a cobertura vacinal vai revelar se há necessidade de uma segunda dose.

“Não temos esse dado, […], então precisamos gerar essas evidências não só para o Brasil, mas para o resto do mundo para identificar se vai ser necessário uma segunda dose. Nosso dados vão trazer justamente essa informação”, disse, em reportagem publicada no dia 30 de junho.

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