A Operação Aqueus, da PF (Polícia Federal) que investiga quadrilha especializada em tráfico de drogas prendeu oito pessoas em flagrante, em Três Lagoas, na manhã desta terça-feira (14). Os policiais cumprem ainda mais 63 mandados de busca e apreensão e outros 23 de prisão preventiva em cidades do Mato Grosso do Sul e de outros estados. A quadrilha teria movimentado mais de R$ 155 milhões no tráfico de drogas.
De acordo com a PF, foram apreendidos aproximadamente 500 g de drogas, além dos mandados de busca e apreensão e prisão, há sete mandado de prisão temporária e sequestro de 13 imóveis. A Justiça determinou ainda o bloqueio judicial de contas bancarias de 33 pessoas físicas e jurídicas.
Entre os imóveis sequestrados estão uma Fazenda no município de Água Clara e uma casa de veraneio à beira-rio em Três Lagoas, propriedades com valores estimados em mais de R$ 4 milhões de reais.
Segundo as investigações da polícia, os líderes adquiriam carregamentos de droga em Ponta Porã e organizavam o transporte para um depósito em Campo Grande. Da Capital, a carga seguia para o entreposto de Três Lagoas, onde era distribuída para diversos locais do país, principalmente interior e litoral paulista, grande São Paulo e interior de Minas Gerais.
No período entre 2020 e 2021, os líderes da organização criminosa teriam recebido, somente em valores creditados em conta corrente de seus “laranjas”, mais de R$ 3,5 milhões de reais. Estima-se que o lucro obtido com o tráfico foi superior, haja vista os valores recebidos em espécie e bens não contabilizados. O núcleo, em um período de 14 meses, movimentou mais de R$ 155 milhões de reais.
As medidas judiciais estão sendo cumpridas nos municípios de Três Lagoas, Água Clara, Campo Grande, Ponta Porã, Ribeirão Preto (SP), Guatapará (SP), Aparecida (SP), Guaratinguetá (SP), Potim (SP), Paulínia (SP), São José do Rio Preto (SP), São José dos Campos (SP), Guarujá (SP), José Bonifácio (SP), São Paulo (SP), Douradina (PR), Sarandi (PR), Maringá (PR), Maria Helena (PR), Colombo (PR), Laranjeiras do Sul (PR) e Baependi (MG).
O nome da Operação advém da famigerada Guerra da Tróia. Segundo a história, o povo Aqueus (como eram conhecidos os cidadãos das cidades-estado da Grécia antiga), venceram de forma estratégica e inteligente a cidade de Tróia, com destaque à batalha entre Aquiles e Heitor, na qual Heitor padece sob a lança de Aquiles, líder dos AQUEUS. Um dos principais investigados da Operação possui o mesmo prenome do derrotado príncipe de Tróia.