Comerciantes comemoram a marca de 70% dos serviços já realizados e esperam alta na movimentação
Por Suelen Morales [Jornal O Estado]
Após 12 meses do início do projeto Reviva Campo Grande, as obras na região do microcentro estão 70% concluídas. Ao todo, mais de 80 quadras já tiveram as obras pesadas de requalificação finalizadas.
Segundo a Prefeitura de Campo Grande, agora o projeto segue em ritmo acelerado, com serviços de drenagem e recapeamento das vias, bem como os detalhes de paisagismo, mobiliário urbano, videomonitoramento, wi-fi gratuito e iluminação em LED. Mesmo assim, comerciantes ainda reclamam da demora da obra e das interdições no trânsito, mas já conseguem ver melhorias.
Segundo o mapa divulgado pelo Reviva Campo Grande na última sexta-feira (27), entre os trechos com 70% dos serviços concluídos, estão: Rui Barbosa na extensão da Avenida Zahran até depois da Rua Noroeste próxima da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e também no trecho entre a Rua Rachid Neder e Avenida Mato Grosso, Rua José Antônio até a Rua Abrão Júlio Rahe, Rua Marechal Rondon desde a Cabeça de Boi até a Rua José Antônio, Dom Aquino desde a antiga rodoviária até a Avenida Calógeras, entre outros.
Entre os trechos que ainda faltam concluir estão: Rua Rui Barbosa entre a Avenida Zahran até a Avenida Fernando Corrêa da Costa e entre a Marechal Rondon até a 15 de Novembro. Rua 13 de Maio do início até a Avenida Mato Grosso. Rua Antônio Maria Coelho do início até a Rua José Antônio, entre outros.
A notícia animou os comerciantes da Rua 7 de Setembro que já sentiram na prática que os serviços estão caminhando para o resultado final. Foi o que pontuou Joilson Netto, 57. “Espero que o benefício seja maior que o custo em todos os sentidos. A obra em si é importante, como foi feita é o grande questionamento. A empresa anterior era muito enrolada, agora a obra está mais rápida”, comemorou.
Quem também começou a ver os resultados dos trabalhos na região foi o empresário José Thomáz Filho, 59. Ele destaca que, nas últimas chuvas registradas na Capital, já foi possível ver a diferença que as obras proporcionaram. “Não tivemos um acompanhamento direto do projeto, mas acredito que a hora que terminar vai ficar bom. A parte da drenagem, tubulação ficou muito boa. Aqui quando chovia não conseguíamos atravessar a rua, hoje em dia está infinitamente melhor. Mas, atrás da revitalização, tem de vir também a manutenção, o serviço de limpeza e conservação”, destacou.
Em outro ponto, na Rua Rui Barbosa, o comerciante Fernando Villalba, 30, relembra o início dos trabalhos e todos os problemas provocados nos estabelecimentos da região. No entanto, afirma que a expectativa é de que o cenário melhore com o fim desta etapa. “Acredito que vai melhorar o fluxo no trânsito e trazer um retorno bom para o nosso comércio. No começo tivemos muita dor de cabeça, só cliente fiel mesmo que vinha aqui”, reforçou.
Outro empresário da região que também reforça a esperança de ver as ruas do centro da cidade cheias e com um novo paisagismo é Helmut Assis,46 anos. Ele relembra que precisou aderir aos serviços de delivery em seu estabelecimento para conseguir manter a loja funcionando. “Não aguentamos mais obras, já estava difícil para o comércio antes. O comerciante está morto! As obras prejudicaram o acesso dos clientes e o movimento da rua caiu. Porém, atendemos pela internet com serviço de entrega. Acredito que após a conclusão vai ficar legal e os clientes vão animar mais de andar pelas ruas”, declara.
Mesmo assim, ainda existem alguns comerciantes que seguem insatisfeitos quanto ao tempo que perduraram as obras na Marechal Cândido Mariano. Como é o caso de Matheus Eduardo, 22, que aponta que para etapas como a realização de calçadas foram necessários três meses.
“A princípio tínhamos aquela imagem de que a obra ficaria uma coisa bonita, do tipo da 14 de Julho. Mas o todo da obra foi muito ruim, não focavam em um trecho para depois iniciar outro e acabou se estendendo mais que o necessário. Foram mais de três meses para terminarem a calçada entre a Marechal e a Maracaju”, contou.
Sobre essa demora o titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Rudi Fiorese, destacou que o processo como um todo inclui essas interferências, mas confirma que o período de estiagem vai favorecer o andamento do serviço nos próximos meses. “A gente confia e tem certeza do resultado positivo no fim da obra, assim como foi na Rua 14 de Julho. Estamos com um percentual da ordem de 70% já executado e a gente espera que com esse período de estiagem, que está se iniciando, possamos avançar e concluir as obras no segundo semestre deste ano”, ponderou.
Lixeiras
Lixeiras para reciclagem já começaram a ser instaladas para que comerciantes façam o descarte correto dos resíduos. “As lixeiras maiores que estão sendo implantadas pela Solurb e a prefeitura têm a função de permitir que os comerciantes levem o lixo gerado pelos comércios. Depois da revitalização da 14 de Julho percebemos que esse mobiliário era muito importante, para que eles não deixassem lixo na frente dos estabelecimentos. Evitando estragar o passeio e manchar as calçadas”, informou Catiana Sabadin.