Com papel, cor e dedicação, esses profissionais imprimem nossos sonhos e ideias
Um profissional cada vez mais importante e essencial no processo de produção de impressos, assim é visto o gráfico, responsável pela operacionalização de máquinas e serviços, um cargo fundamental na era da informação. Por isso, em fevereiro, no dia 7 comemorou-se a data dedicada a esses profissionais. A data foi escolhida em homenagem a esse profissional por marcar a greve dos gráficos realizada em São Paulo, no ano de 1923, quando os gráficos reivindicaram melhores condições salariais e de trabalho.
Aqui no jornal O Estado a gráfica, que recebe o nome de ”Lazuli”, é responsável por imprimir os jornais diários, existe há 18 anos e dentro dela atualmente existem 12 profissionais dedicados e empenhados no que fazem. O gráfico José Ortiz, de 56 anos, começou na profissão quando ainda era criança; ele tinha 12 anos e conheceu o serviço na cidade de Jardim, interior de Mato Grosso do Sul. Ele conta que é apaixonado pela profissão e que quando você começa não consegue mais sair. “Eu comecei no interior, gostei e é uma profissão que quando você entra é difícil sair, lá eu aprendi várias coisas e é muito gratificante”, comenta.
Os jornais impressos aqui na Lazuli começam a circular ainda na madrugada; diariamente são 6.800 tiragens, um trabalho prazeroso, segundo José, que atua há seis anos na empresa. “Eu sinto que é uma profissão ótima, tem em todo lugar do Brasil. Eu gosto muito daqui, das pessoas, o ambiente é bem tranquilo. Nossa rotina é parecida todos os dias, mas é um serviço tranquilo”, afirma.
Do ponto de vista de José, a data é uma forma de valorizar o trabalhador. “Com certeza essa data pra mim é muito importante, porque, como se diz, é a valorização do profissional, é ele ter o seu serviço reconhecido e valorizado”, conclui.
Quem também trabalha na Lazuli é o Josué Edison dos Santos: ele começou com a carreira na juventude. Quando tinha 17 anos trabalhava na limpeza de uma gráfica e com o tempo foi subindo de cargo, até que se tornou um gráfico de ótima qualidade. “Quando limpava tudo comecei a aprender a profissão de bloquista e quando saí de lá profissional em blocagem fui pra outra gráfica, e fui me profissionalizando cada vez mais e subindo de cargo na profissão”, relembra.
Faz dez anos que o Josué trabalha na gráfica e hoje a função dele é impressor off-set. Responsável por uma grande linha de produção, onde se utilizam máquinas para impressão de qualidade, quase industriais, que produzem materiais de grande escala em algumas horas. O maior prazer da profissão? “O prazer é ver o impresso no papel, é como se fosse uma arte, cada serviço é uma história, por isso se chama artes gráficas”, garante.
Foi preciso se reinventar
Há muitos anos, a indústria gráfica, de modo geral, vem passando por grandes transformações. Trabalhos que antes dependiam muito da atividade manual hoje estão perfeitamente automatizados. Os trabalhadores, neste processo, precisaram se adaptar à nova realidade tecnológica e lidar com sistemas cada vez mais informatizados. Foi preciso inovar para continuar no mercado.
O gráfico é aquele que colore muitas vidas, imprime vários sonhos e faz clichês ficarem muito mais originais. Feliz Dia do Gráfico.
(Texto: Bruna Marques)