Foram registrados 28.060 mil focos de incêndios na Amaxônia, somente em agosto. Estes são dados divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O número só não é maior que os de 2019 e 2020, mas já está acima da média histórica no mês.
No dia 29 de junho, o Governo Federal suspendeu o uso de fogo no País, ou seja, todas as queimadas produzidas nos últimos 120 dias são ilegais, de acordo com o Inpe.
“É como se o governo continuasse criado um padrão Bolsonaro de destruição”, comenta a gestora ambiental do Greenpeace, Cristiane Mazzetti. Ela reforça que os desmatamentos são maiores em relação ao período anterior à gestão de Jair Bolsonaro.
De acordo com o levantamento do Inpe, do início de 2021 até agosto, a Amazônia soma 39.427 focos de incêndio. Com mais de 2.500 focos, o município de Lábrea foi o mais atingido. Em seguida aparece Altamira, no Pará, que já registrou 2.296 queimadas na região. Os números só não são maiores devido ao plano de combate a incêndios florestais que foi lançado pelo governo para evitar a catástrofe dos anos anteriores.
Ainda assim, a ação humana é a maior causadora do fogo nos últimos 20 anos, que já afetou 85,2% do habitat de espécies de plantas e animais ameaçados de extinção, aponta um estudo internacional da revista científica “Nature”.
Por Livia Bezerra de Lima