Um dia após ser anunciado como novo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni apontou nesta sexta-feira (14), que a reformulação do projeto Bolsa Família é um dos desafios que enfrentará à frente da nova pasta.
O ministro afirmou que tem como “missão” transformar o Bolsa Família para que “não tenha só porta de entrada, mas que tenha uma porta de saída”. Segundo ele, esta porta de saída aconteceria por meio da “construção da dignidade da família que se dá pelo trabalho”.
Entre as mudanças previstas citadas por Onyx está a cobrança da presença escolar como condição para que os beneficiários recebam o valor previsto. Essa regra, no entanto, já existe, uma vez que o pagamento está condicionado à presença mínima mensal de 85% nas aulas dos alunos de seis a 15 anos e de 75% dos adolescentes entre 16 e 17 anos.
“A gente não quer voto de cabresto, a gente não quer criar dependência”, afirmou o ministro, atacando governos anteriores, acusados de terem usado o programa como ferramenta política para angariar votos.
O programa Bolsa Família enfrenta problemas desde o ano passado, época em que a lista de espera para novos beneficiários, até então zerada, voltou a crescer e hoje chega a quase 1 milhão de pessoas.
(Texto: João Fernandes com Congresso em Foco)