No mês de prematuridade, pediatra alerta para desafios e cuidados durante o pré-natal

Maternidade Cândido do Mariano
Renan Gonzaga

Novembro é considerado o mês internacional de sensibilização para a prematuridade e o objetivo é alertar as pessoas sobre os partos prematuros, no que pode ocasioná-los e como preveni-los.

Desde um pré-natal irregular, até doenças e infecções urinárias podem influenciar no nascimento prematuro de um bebê. Por isso, a pediatra Maria Claudia Mourão Santos Rossetti destaca a importância das mães se atentarem a todos os detalhes durante a gestação e manterem as avaliações com médicos em dia.

Quando um bebê nasce antes de ter completado 37 semanas de gestação, ele é considerado prematuro. Se o nascimento ocorre antes das 28 semanas, ele é um prematuro extremo.

“Durante a gestação, é natural que a mãe faça o acompanhamento com seu médico e vá de seis a sete consultas fazer avaliações de como está o bebê, mas quem tem doenças como pressão alta, diabetes, ou até problemas frequentes com infecções urinárias precisam ter um cuidado ainda maior e [é necessário] realizar um acompanhamento mais delicado, pois essas doenças podem causar um parto prematuro”, comentou.

Segundo ela, além desses fatores, doenças como sífilis e toxoplasmose podem, além de causar mal ao bebê durante a formação, ocasionar um parto prematuro. Outros fatores de risco são a gravidez na adolescência e gravidez tardia.

“São muitas as causas, fora essas já citadas, existem as várias causas evitáveis, como o problema do colo que não aguenta e abre, nesse caso a gente [médicos] busca manter a gestação por um longo prazo para não nascer tão prematuro”, frisou, destacando que as mães precisam cuidadosamente fazer de forma correta o acompanhamento médico.

Nascimentos

Levantamento feito pela Maternidade Cândido Mariano mostra que de janeiro a outubro de 2020 foram admitidos 233 bebês prematuros no local enquanto no mesmo período deste ano foram 227.

De acordo com Maria, enquanto o Brasil está com a média de prematuridade de 11,1%, em Mato Grosso do Sul a média é de 12%, ultrapassando a média nacional.

“Esse número se dá por um pré-natal não realizado de forma correta, doenças que deveriam ser tratadas, a maioria não trata, às vezes tem gente é de zona rural que não tem acesso à rede de saúde, isso influencia muito nos dados nos colocando entre os estados com alto índice”, comentou.

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