Candidato defende o trabalho de reconstrução feito pela gestão e os danos com a renúncia coletiva ocorrida por outro grupo
O advogado Luis Cláudio Alves Pereira Bito, o “Bitto Pereira”, que concorre à presidência da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul), é o terceiro entrevistado da série do jornal O Estado. A eleição da OAB/MS ocorre no dia 19 de novembro, Bitto tem apoio do atual presidente, Mansour Karmouche, e como candidata a vice-presidente a advogada Camila Bastos. E terá como adversário duas mulheres, Raquel Magrini e Giselle Marques.
A chapa “Mais OAB” foi lançada em 5 de outubro com a proposta de manter a instituição próxima dos advogados com os aspectos positivos da atual gestão
e melhorando setores pertinentes à classe. Bitto vem defendendo as prerrogativas do advogado e valorização dos honorários. Ele defende uma advocacia respeitada e independente. O candidato luta pela valorização dos advogados e cita a importância desses profissionais para toda a sociedade brasileira. “A advocacia é essencial à Justiça. Sem advogado não há justiça, somos essenciais para o regime democrático. Reconhecemos a importância da OAB na sociedade brasileira, porém a OAB deve, sobretudo, amparar e assistir os advogados. A instituição não deve ser usada para fazer política partidária”, afirmou.
Bitto é conselheiro federal e vice-presidente da ESA (Escola Superior de Advocacia), Nacional e destaca-se entre a classe pela paixão pela advocacia. Bitto já foi
presidente da Comissão da Jovem Advocacia de MS e do Instituto dos Advogados de MS, e tem uma carreira, desde o início, ligada à jovem advocacia. “Minha motivação é a mesma que me fez seguir a profissão, e de ter atuado por várias vezes em serviço da OAB.
Estar ao lado de advogadas e advogados para o que for necessário, e defender nossas prerrogativas e honorários. É assim desde que eu era estagiário, e foi assim logo depois que me formei, que comecei a trabalhar voluntariamente para a OAB. É o respeito a advogadas e advogados e às suas prerrogativas que
dá dignidade a esta classe tão importante”, pontuou. Além de Bitto e da advogada Camila Bastos, a chapa é composta pelo secretário-geral Luis René
Gonçalves do Amaral, pela secretária-geral adjunta Janine Delgado e pelo diretor-tesoureiro Fábio Nogueira. Para o conselho federal se candidataram o
atual presidente Mansour e os advogados Andrea Flores e Ricardo Souza Pereira. O candidato à pre é composta em igualdade. “Nossa chapa é uma
chapa plural, com todos os segmentos da advocacia representados. Temos nas chapas brilhantes advogados”, destaca.
O Estado: Qual é sua motivação para se lançar candidato a presidente da OAB/MS?
Bitto: Minha motivação é a mesma que me fez seguir a profissão, e de ter atuado por várias vezes em serviço da OAB. Estar ao lado de advogadas e advogados para o que for necessário, e defender nossas prerrogativas e honorários. É assim desde que eu era estagiário, e foi assim logo depois que me formei, que comecei a trabalhar voluntariamente para a OAB. É o respeito a advogadas e advogados e às suas prerrogativas que dá dignidade a esta classe tão importante
para a sociedade.
O Estado: Como avalia a atual gestão da OAB de MS?
Bitto: Muito se fala por aí em nova ordem, mas foi a gestão de Mansour Elias Karmouche que, de fato, transformou a OAB/MS. O trabalho de reconstrução feito pelo Mansour, depois de uma renúncia coletiva de um outro grupo, que deixou os advogados de Mato Grosso do Sul desamparados, foi irreparável. Não apenas a sede, mas todas as subseções receberam melhorias e, além disso, o Mansour sempre teve uma característica que é exemplar, que é a de manter a
OAB de portas abertas. Assim, sempre de uma forma muito cordial e acolhedora, como a da atual gestão, é que vamos continuar trabalhando.
O Estado: Como será montada e qual composição o senhor planeja para sua chapa?
Bitto: Nossa chapa é uma chapa plural, com todos os segmentos da advocacia representados. Temos nas chapas brilhantes advogados. Vamos caminhar com nossa vice, Camila Bastos, nosso secretário-geral, Luis René Gonçalves do Amaral, nossa secretária-geral adjunta, Janine Antunes Delgado, e nosso tesoureiro, Fábio Nogueira Costa, e muitos outros colegas que farão a OAB ainda mais presente.
O Estado: Como espera que seja a campanha para eleição da nova direção da OAB? Mais de exposição de ideias ou de embate entre os candidatos?
Bitto: Espero que seja um debate construtivo, sadio. Debates são bons porque oxigenam a sociedade, e assim também ocorre na advocacia. Estamos dispostos a levar nossas propostas aos advogados e, muito mais que isso, queremos estar presentes com todos os colegas, em todas as ocasiões.
O Estado: O que o senhor propõe para facilitar a rotina do advogado sul-mato-grossense
Bitto: Nossa chapa tem dezenas de proposições, muitas já prontas, e muitas outras em construção. Eu convido o advogado a conhecê-las em nossos canais de comunicação ao longo da campanha. Mas todas elas se baseiam em nossos pilares, que é de manter a OAB sempre presente e acolhedora a advogadas e advogados.
O Estado: O que o jovem advogado pode esperar se o senhor for eleito?
Bitto: Trabalhar em prol da jovem advocacia é algo que faz parte do meu histórico e agora será intensificado. Estou próximo deste significativo segmento desde que eu era jovem advogado e presidi a Comissão da Jovem Advocacia. Além do diálogo permanente e das portas abertas, que será a característica de nossa
gestão, vamos elaborar uma cartilha digital com orientações gerais aos jovens advogados, reforçar a fiscalização do cumprimento do piso salarial, criar programas de mentoria, entre outras ações.
O Estado: Considera importante maior participação das mulheres na OAB?
Bitto: As mulheres já têm participação significativa na OAB, e terão uma participação ainda maior de agora em diante, e eu me orgulho muito de ter participado, como conselheiro federal, da criação e instituição da paridade de gênero, medida que equilibrará a gestão da OAB, do Conselho Federal às subseções. A valorização e promoção de reconhecimento e igualdade das mulheres, em nosso grupo, é algo que vai muito além do discurso: se faz na prática.
O Estado: Como avalia o fato ideológico ter tomado conta da OAB federal?
Bitto: A advocacia é essencial à Justiça. Sem advogado não há justiça, somos essenciais para o regime democrático. Reconhecemos a importância da OAB na sociedade brasileira, porém a OAB deve, sobretudo, amparar e assistir os advogados. A instituição não deve ser usada para fazer política partidária em favor de um político ou de um partido, mas sim defender as bases da democracia e as prerrogativas dos advogados.
O Estado: Uma das críticas para a OAB nacional é o sistema de escolha que acaba sendo uma eleição de forma indireta. Como alterar isso?
Bitto: No Conselho Federal sempre defendemos as eleições diretas. As eleições diretas, se implementadas, reforçariam o papel da OAB em um regime democrático. Além disso, eleições diretas são coerentes com nossa função social e com nosso papel constitucional.
Andrea Cruz e Bruno Arce