O índice que mede a geração empregos em Mato Grosso do Sul ficou negativo em 6.328 no mês de dezembro. O resultado é quase oito vezes pior que o registrado em novembro (-830), porém no acumulado do ano, 2019 é primeiro ano desde 2015 que o Estado fecha com saldo positivo de vagas. Ao todo, foram criadas 12.599 novos postos de trabalho, resultado de 253.278 mil admissões e 240.679 demissões.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgados ontem (24). Em dezembro, todos os setores tiveram resultado negativo, ou nulo. O setor de serviços foi o que mais fechou vagas, com -2.611, seguido agropecuária (-1.612), indústria da transformação (-1.211), construção civil (-819), comércio (-38), extrativa mineral (-33), administração pública (-4), e serviços industriais de utilidade pública, que não fechou, mas também não abriu novas vagas.
Na série histórica, 2014 foi o último ano com saldo positivo (2.043). Em 2015, o ciclo foi encerrado com -11.561, 2016 com -1.123, 2017 com -4.874 e 2018 com -3.104. Em 2019, no mês de janeiro foram 6.094 novas vagas. Já em fevereiro, 3.511 empregos com carteira assinada. O desempenho encolheu drasticamente em março, cerca de sete vezes em comparação ao anterior, com apenas 526 oportunidades geradas. Em abril foram 2.661, maio 1.097, junho 898, julho 1.206, agosto 1.152. Setembro somou 917. Já outubro registrou 691. Entretanto, em novembro o número voltou a encolher drasticamente (-830).
País gera 644 mil vagas em 2019, maior saldo anual desde 2013
No ano passado, foram criadas 644.079 vagas com carteira assinada no país. Esse é o melhor resultado anual desde 2013, quando foram gerados mais de 1,1 milhão de postos de trabalho formais. No fim de 2019, o governo apresentou uma projeção para o comportamento do emprego no ano.
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, estimou um saldo de pelo menos 635,5 mil novos postos de trabalho formais. O resultado, portanto, superou a expectativa da equipe econômica. Dezembro seguiu a tendência de fechamento de vagas após as contratações temporárias nas fábricas para produzir as demandas das festas de fim de ano. Foram encerrados 307.311 postos com carteira assinada no país.
O comportamento do emprego em dezembro superou a expectativa do mercado financeiro. Estimativa coletada pela agência Bloomberg previa o fim de 324 mil contratos formais no último mês de 2019. O saldo de dezembro foi o melhor desde o mesmo mês de 2005, quando 286.719 vagas foram fechadas.
Ao comentar os dados do Caged, Marinho publicou em uma rede social que o desempenho do mercado de trabalho em todo ano passado “demonstra a confiança do setor produtivo na agenda econômica”. Para 2020, o governo espera a geração de 1 milhão de novos empregos formais caso o PIB (Produto Interno Bruto) avance 3% em relação ao ano anterior.
(Texto: Marcus Moura com informações do Folhapress)