MS é o principal ponto de entrada e passagem do tráfico de drogas e armas do Brasil

MS apresentou taxa de
23,4 segundo o estudo
e foi apontado como
entrada de drogas ( Foto: Marcos Maluf)
MS apresentou taxa de 23,4 segundo o estudo e foi apontado como entrada de drogas ( Foto: Marcos Maluf)

Conforme o Atlas do Ipea, municípios da fronteira são os que mais registram mortes violentas no Estado

Atlas da Violência 2024, divulgado nesta terça-feira (18) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra a redução de 19,5% nas taxas de homicídios em Mato Grosso do Sul. Dados mostram que foram registrados 550 mortes violentas em 2022.

Uma possível explicação para essa estagnação no processo de redução da violência letal no Brasil a partir de 2020 diz respeito à legislação armamentista do Governo Bolsonaro, que pode ter influenciado no sentido

de aumentar os homicídios, anulando a maré a favor da redução de mortes, segundo a pesquisa do Ipea.

Estudo mostra que as cidades de Ponta Porã, Dourados e Pedro Juan Caballero juntas registraram 70 homicídios dolosos no ano de 2022. O alto número se dá pelo fato desses municípios serem entreposto do narcotráfico internacional de drogas. O predomínio da violência vem novamente das disputas entre PCC e CV pelo controle do tráfico de drogas na região de fronteira, ainda que outros grupos criminosos já atuem no estado, sobretudo nos presídios.

Mato Grosso do Sul apresentou taxa de 23,4, e é o principal ponto de entrada e de passagem do tráfico de drogas e de armas do Brasil. Autoridades públicas federais apontam que cerca de 80% da cocaína e maconha que entram no país passam por esse território.

Segundo dados da Sejusp (Secretária de Estado de Justiça de Segurança Pública)nos últimos 10 anos, Mato Grosso do Sul registrou mais de 54 mil ocorrências que envolvem apreensão do tráfico de armas e drogas. O ano de 2023 fechou com 368 toneladas de drogas apreendidas.

Delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupérsio Degerone Lucio, reforço que os bons resultados apresentando pela pesquisa é fruto de um trabalho de excelência da polícia do Estado. “Objetivo é continuar com o processo de modernização e investimentos na segurança pública com tecnologia, qualificação e capacitação dos agentes. Vamos trabalhar ainda mais pela redução de criminalidade no Estado, não é só taxa de homicídios que tem que cair”, reforçou.

 

Por Thays Schneider

 

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