Mato Grosso do Sul possui ao menos oito políticos cotados como possíveis pré-candidatos ao cargo de governador nas eleições 2022. São nomes indicados por partidos, por eles mesmos e até mesmo via especulações. Entre os que podem concorrer à função estão políticos em cargos públicos como senadores, secretários, deputados, prefeito e até mesmo juiz aposentado.
O presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, se reuniu com a comissão executiva estadual na segunda- -feira (19), quando fez um balanço e disse que a sigla já faz alinhamentos e cobrou comprometimento da equipe. “Temos vários nomes interessados em compor uma possível chapa nas próximas eleições. Quero mais comprometimento das comissões, que apoiem o PSD, e os candidatos do PSD. Estamos montando nosso time para as eleições do próximo ano, e precisamos contar com o apoio dos membros pessedistas”, disse ele, que não expôs o nome pleiteado para pré-candidato.
Apesar disso, em ocasião anterior o senador disse ao jornal O Estado que o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, poderia entrar na disputa pelas boas condições de gestão. No partido, o próprio senador Nelsinho Trad pode sair a governador, mas ainda não há nada oficial. O presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, afirmou que o Estado terá candidatura própria.
O PSDB aposta no secretário Eduardo Riedel, e inclusive o presidente regional Sergio de Paula e o governador Reinaldo Azambuja já o anunciaram como pré-candidato a governo pelo partido.
Pelo MDB, o nome do ex- -governador André Puccinelli é unânime. O presidente regional do partido, Junior Mochi, afirmou ao jornal O Estado que somente por razões pessoais de André é que a pré- -candidatura poderia ser retirada. Após pesquisa interna, a executiva do MDB se reuniu em 23 de junho e, de acordo com Mochi, a expectativa é boa e mostra Puccinelli com percentuais expressivos.
“As entrevistas demonstram que temos um candidato extremamente competitivo que lidera as pesquisas de opinião pública e que se trabalharmos direito e organizar temos chances. Há possibilidade de vencer a campanha para o Executivo, boas chances de elegermos um senador e obviamente elegermos ao menos dois deputados federais e ampliar base na Assembleia Legislativa fazendo cinco deputados estaduais.”
No Partido dos Trabalhadores, o ex-governador Zeca do PT é o pré-candidato a governo. A direção estadual do partido se reuniu em 22 de junho de forma virtual com a nacional, quando a situação foi decidida. O presidente regional, Vladimir Ferreira, confirmou o nome de Zeca e a ideia de construção de alianças no campo progressista e democrático.
Pelo PSL, a senadora Soraya Thronicke, que também é presidente regional da sigla, lançou sua pré-candidatura segundo o MS Todo Dia. “Nós estamos fazendo pesquisas ainda, mas já foi identificado que o sul-mato- -grossense quer uma mudança na gestão do Estado. O povo está cansado, não é brincadeira o que MS vem enfrentando, o governo está desgastado. Mas as pesquisas apontam que o sul-mato-grossense quer é uma virada de chave e aponta que quer uma mulher, então se eu tiver de enfrentar, eu vou enfrentar e aí eu vou ter que me virar, me debruçar para aprender, para conseguir a expertise que eu preciso para lidar com tudo isso.”
Já o juiz aposentado Odilon de Oliveira afirmou que visa concorrer a governo nas eleições em 2022, mas que ainda mantém conversas com diversos partidos e escolhe um para filiação até o mês de novembro. “Eu sou pré-candidato a governo. Quero buscar o apoio de todas as pessoas, seja de partido de esquerda ou de direita.”
Outra cotada a disputar o governo nos bastidores políticos é a deputada federal Rose Modesto (PSDB). Especulações dizem que ela deve sair do partido atual na abertura da janela eleitoral rumo ao Podemos, para alavancar a candidatura.
Dessa forma, por enquanto, os nomes possíveis a disputar majoritária são: Rose Modesto (PSDB), juiz Odilon (sem partido), ex-governador André Puccinelli (MDB), ex-governador Zeca do PT, secretário de Infraestrutura Eduardo Riedel (PSDB), senadora Soraya Thronicke (PSL), prefeito Marquinhos Trad (PSD) e senador Nelsinho Trad (PSD). (Andrea Cruz)