MS bate recorde de R$ 2 bilhões em produção florestal

floresta
Divulgação/Suzano

Aumento foi de 45,1% no ano passado

Com alta de 45,1%, Mato Grosso do Sul atingiu o recorde de R$ 2 bilhões em produção florestal, valor obtido por meio da silvicultura no Estado. De acordo com a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura – PEVS, dentre os cinco municípios com as maiores áreas de florestas plantadas do Brasil, quatro estão localizadas no Estado, sendo elas: Três Lagoas; Ribas do Rio Pardo; Brasilândia e Água Clara.

O valor da produção da silvicultura segue superando o de extração vegetal desde 1998. Em comparativo, entre o ano de 2022 ao anterior, 2021, o resultado foi um aumento em 46,3%, com um montante de 1,9 bilhão. Entre 2021 e 2020, a ampliação do setor registrou um aumento de 20,3%, em relação a 2020. Entre as Unidades da Federação, MS aparece com o 6º maior valor da produção do país.

Produtos como lenha e madeira em tora foram preponderantes para a impulsão, visto que representam 93,5% do valor de produção florestal em Mato Grosso do Sul e resultam em um incremento de 20,3% em comparação ao resultado registrado no ano anterior a 2022.

O prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze (PSOL), explica que o impacto político e econômico é significativo, já que Ribas está entre as 15 maiores arrecadações do Estado.

“Dois anos depois da inauguração da fábrica da Suzano, por volta de 2026, seremos o quinto ou sexto município com maior arrecadação do Estado. Isso implica num orçamento municipal muito maior e com condições de ter uma melhor infraestrutura e serviços para toda a população, sejam aqueles já residentes, sejam os novos moradores que aqui chegaram para trabalhar diretamente nessa fábrica ou por meio de serviços indiretos. A proximidade da Capital, por exemplo, é um fato significativo, facilitando o acesso a vários outros serviços e produtos que hoje não temos aqui”. Ainda segundo o prefeito, em poucos anos é possível que Mato Grosso do Sul seja a Capital conhecida mundialmente por sua produção de celulose. “Poderemos ter a maior produção regional de celulose do mundo, com a futura inauguração da Arauco, em Inocência, em poucos anos. Ribas do Rio Pardo, em menos de 2 anos, será a Capital Nacional do Eucalipto, superando Três Lagoas, que hoje está em primeiro lugar. Nosso município diminuiu a alíquota de ISS (de 5% para 2%) sobre toda a cadeia produtiva do eucalipto, desde o plantio até o corte, e isso aumentou significativamente nossa arrecadação”, afirma Danieze.

Papel da indústria 

Com atuação em nove municípios sul-mato-grossenses: Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas, a Suzano, empresa de papel e celulose, mantém, hoje, uma base florestal de 599.996 hectares em Mato Grosso do Sul, com pelo menos 143.129 hectares exclusivos à conservação da biodiversidade.

Segundo o gerente Executivo de Operações Florestais, Leonardo Giusti, em Mato Grosso do Sul o objetivo do manejo florestalé aliar produtividade elevada com a conservação da biodiversidade.

“A Suzano acredita que é possível produzir e seguir preservando nossos recursos naturais. Temos um direcionador que diz que só é bom para nós se for bom para o mundo e unir desenvolvimento e sustentabilidade faz bem para os negócios, para o meio ambiente e para toda a comunidade ao entorno”, destaca Giusti.

A Eldorado Brasil Celulose opera em Três Lagoas, uma fábrica com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. A base florestal é de mais de 293 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul e 117 mil hectares de áreas de conservação. Em 2022 foram transportados 6,5 milhões de toneladas de metros cúbicos de madeira para atender a indústria com produtividade 20% acima da capacidade nominal de projeto.

“Em toda nossa cadeia produtiva temos comprometimento com as melhores práticas ambientais e de respeito à natureza. Nosso manejo florestal segue rigorosos controles para que a matéria- -prima chegue até a fábrica de maneira sustentável e, ano a ano comprovamos não só a qualidade da celulose, mas como atividade contribui para a redução das mudanças climáticas do planeta, por exemplo. Em 10 anos, a Eldorado Brasil capturou 12 vezes mais carbono do que sua operação emite,” destaca o gerente de sustentabilidade Fábio de Paula.

O diretor-executivo da Reflore/MS, Dito Mário, explica que, além dos impactos ambientais, a chegada de indústrias ao Mato Grosso do Sul traz ainda uma revolução política e econômica. “Qual é o prefeito ou governante que não quer resolver o problema de emprego hoje, no município? É lógico que há inúmeras coisas para ver, um aumento desse, na área plantada, principalmente na região da costa leste, aumenta serviços e melhora a estrutura no município. Ter mais casas, mais saúde, mais professores, mais médicos e na economia, sem dúvida, vai melhorar o IDH, vai gerar emprego com qualidade, vai respeitar o meio ambiente, recuperar a área degradada, vai gerar sequestro de carbono e haverá inúmeras vantagens para isso”, argumenta o diretor.

Produção e conservação ambiental 

De acordo com o Resumo do Plano de Manejo Florestal MS, somente no ano de 2022, a Suzano colheu 12,684 milhões de m³ de eucalipto para abastecer as duas fábricas em operação em Três Lagoas. Todo o processo, do plantio à colheita, respeita as características da região e utiliza sistemas eficientes que contam com equipamentos de última geração.

A companhia ainda mantém programas de monitoramento da qualidade do ar, da água e de conservação de biodiversidade. Nas florestas da Suzano, em Mato Grosso do Sul, já foram catalogadas mais de 1,4 mil espécies diferentes de animais e plantas.

Em todo o país, a Suzano possui uma área de mais 1,4 milhões de hectares de florestas plantadas e 1 milhão de hectares de florestas preservadas, concentradas nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Tocantins, Pará e Piauí.

Curiosidade

A palavra silvicultura provém do latim e quer dizer floresta (silva) e cultivo de árvores (cultura). A silvicultura estuda as maneiras naturais e artificiais de restaurar e melhorar o povoamento nas florestas, para atender às exigências do mercado.

Por  Julisandy Ferreira – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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