Em parceria com a Delegacia-Geral da Polícia Civil, a Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) lançou na segunda-feira (1) a primeira edição do ”Mapa do Feminicídio” de Mato Grosso do Sul. O estudo traz dados dos 30 casos ocorridos no Estado em 2019 e a constatação de que 77% das mortes ocorreram naquele local onde as mulheres deveriam estar mais seguras: na sua residência.
Além disso, ele mostra que em 37% dos casos os autores utilizaram de arma branca (faca, canivete ou machadinha). Que 56,66% das mulheres foram mortas por homens com quem conviviam e tinham relacionamento afetivo. Que em 40% dos casos o motivo foi a não aceitação do término do relacionamento. E também que em 33,33% o motivo alegado foi ciúmes.
O levantamento serve como subsídio para elaboração de políticas públicas de enfrentamento à violência. O relatório produzido está disponível no site www.naosecale.ms.gov.br.
“É preciso nominar, quantificar e qualificar a investigação e o julgamento dos crimes de feminicídios para a formulação de políticas públicas baseadas em evidências concretas, em estatísticas de cada município, de cada região. É isso o que pretendemos com o diagnóstico alcançado no “Mapa do Feminicídio MS”: aprimorar e fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres, para prevenir e erradicar os feminicídios em Mato Grosso do Sul”, explica a subsecretária Luciana Azambuja.
(Texto: João Fernandes com assessoria)