Com aumento dos casos, índice de dengue grave ainda é baixo na Capital

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Foto:Arquivo/Jornal O Estado MS

Nos três primeiros meses do ano, apenas um paciente evoluiu para óbito, após complicações com a doença 

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) informou que, em Campo Grande, foram notificados 3.384 casos de dengue, do dia 1º de janeiro a 21 de março. Destes, apenas um foi registrado como caso grave, evoluindo a óbito. A Secretaria ainda ressaltou que existem diferentes fases de manifestação da doença, sendo que ela pode se manifestar de forma assintomática, ou seja, sem sintomas, na maioria dos casos. Os sintomas clássicos são febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, dor ao redor dos olhos e dores musculares e nas articulações. Com o aumento de casos, tem se tornado frequente ver uma procura maior por atendimentos nas Unidades de Saúde de Campo Grande. Na tarde de ontem (21), a equipe de reportagem observou alguns pacientes no Centro Regional de Saúde, do bairro Tiradentes, obtendo principalmente o soro intravenoso, que auxilia na hidratação, evitando uma piora dos sintomas. 

Quando se analisam os dados do último boletim epidemiológico divulgado pela SES/ MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), do dia 15 de março, de 1º de janeiro até a 10ª semana do ano, foram confirmados 5.550 novos casos de dengue, sendo 1.019 registrados entre os dias 4 e 11 de março. O boletim epidemiológico anterior mostrou 4.531 casos, o que representa um aumento de 22%, em apenas uma semana. 

Em nota enviada ao jornal O Estado, a SES/MS confirmou que o volume de chuvas nos últimos meses contribuiu para a proliferação do Aedes aegypti e, consequentemente, para o aumento dos casos. “Os municípios precisam desenvolver estratégias que possam combater o mosquito, de maneira eficaz”, reforçou a secretaria. 

No esclarecimento, a SES ainda acrescentou que tem acompanhado a questão das arboviroses, em especial da dengue, em Mato Grosso do Sul e destaca que tem auxiliado, de forma contínua, os municípios, por meio de capacitações e treinamentos de todas as equipes de saúde. “A participação da população é de extrema importância, ou seja, é recomendado seguir as orientações, sendo uma delas, manter as casas e quintais limpos, além de eliminar água parada, ações que colaboram para a redução de casos notificados pelos municípios.” 

Conforme o documento, até o momento, foram contabilizados cinco óbitos confirmados, por dengue, em Mato Grosso do Sul, sendo 1 em janeiro, 1 em fevereiro e 3 em março. 

Operação ‘Mosquito Zero’ 

A campanha “Mosquito Zero” é realizada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, em parceria com a Sesau, desde 2019, e tem como objetivo combater o Aedes aegypti, recolhendo e eliminando todos os focos do mosquito. Cerca de 200 agentes de combate às endemias da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetorias (CCEV) participam da ação, que atende as sete regiões de Campo Grande, divididas por etapas. 

Nas cinco etapas já realizadas da campanha “Mosquito Zero” foram inspecionados 47.683 imóveis, 35.108 depósitos recolhidos e 2.320 focos eliminados, nas regiões Segredo, Anhanduizinho, Bandeira, Prosa e Lagoa. A etapa anterior teve mais de 59 mil criadouros e 2.239 focos eliminados.

Por Felipe Bonazza e Tamires Santana – Jornal O Estado do MS.

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